Não fui competente para subir nas pesquisas, admite Maluf sobre pleito
Ele acredita que pode ter sido um erro estratégico. Lembra que “apostou todas as fichas” numa composição com o PTB do prefeito Chico Galindo e, diante da indecisão e posteriormente da negativa da legenda em tomar partido na disputa majoritária, sua campanha ficou desorganizada. “Tivemos que reconstruir o arco de alianças de última hora. Isso teve um custo, perdemos algum tempo”, analisa. Na época, os petebistas ficaram divididos entre Maluf e Carlos Brito (PSD), mas no final ficaram independentes, deixando os candidatos livres para escolherem quem apoiar.
O tucano também cogita que a estrutura menor de campanha, em relação a de seus 2 principais concorrentes, Mauro Mendes (PSB) e Lúdio Cabral (PT), “pesou” e ainda deve prejudicá-lo no desempenho nas urnas. Maluf não divide a culpa nem com os adversários, que em determinados momentos o criticaram, nem à falta de militância das principais lideranças tucanas em Mato Grosso, como o ex-senador Antero Paes de Barros e o ex-prefeito Wilson Santos. O fato de só terem subido no seu palanque no início da campanha deixa a impressão de abandono, mas o próprio Maluf justifica.
“A militância que está comigo está sendo aguerrida e é a que realmente acredita nas nossas propostas. Não tenho prefeitura nem Governo do Estado atrás de mim. Antero está fazendo campanha em Sinop para Juarez e Wilson está dando apoio ao pai que é candidato no Amazonas”, ponderou, durante a 2ª rodada de entrevistas entre postulantes ao Alencastro realizada pelo RDTV, a TV Web do Portal RDNews.
Todas as últimas pesquisas feitas até agora apontam que a eleição na Capital mato-grossense não será decidida em primeiro turno e que Mendes e Lúdio seguirão na corrida. Maluf reconhece que as pesquisas internas da sua agremiação confirmam esse cenário. Diante disso, confessa que sua vontade pessoal é de se manter neutro no segundo turno, mas ressalva que vai ouvir o partido antes de tomar a decisão. “Prefiro acreditar que ainda conseguirei virar o jogo, vamos por etapas”, pondera.
Ele também nega que “tenha jogado a toalha”. “Todos os dias faço arrastão nas ruas, mesmo que debaixo de chuva”, atesta. Ele conta que seu trunfo nessa reta final para tentar virar o jogo é intensificar o corpo a corpo com o eleitor e combater as propostas inexequíveis dos adversários. Garante que não tem dossiê contra os rivais e que se chegasse em suas mãos algo neste sentido não usaria, pois não quer partir para ataques pessoais ou "baixaria".
Como exemplo de propostas inviáveis e “eleitoreiras” dos adversários ele cita o fato de Lúdio dizer que vai abrir as portas do pronto-socorro. “Como? Já está superlotado!”, observa. “Ele também prometeu a construção de um hospital com mil leitos. Isso é insustentável economicamente. É preferível 4 hospitais com 250 leitos cada um”. O tucano também faz apontamentos à ideia de Mauro de construir um novo pronto-socorro. “Isso vai demorar uns 3 anos e a população, como fica até lá?”, questiona.
Maluf exalta ser o único, até agora, que falou em soluções emergenciais. Ele explica que primeiro vai acabar com as filas do pronto-socorro com um mutirão em parceria com a rede privada. Depois vai reformar as enfermarias dos hospitais filantrópicos como Santa Casa, Santa Helena, Hospital Geral Universitário e Hospital do Câncer para aumentar o número de leitos e ainda reativar o Hospital das Clínicas. “Não falo em construção de unidades, falo em aproveitar o que já existe”, reforça.
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