Deputado estadual quer anular CPI da cooperativa na Assembleia
O presidente do PP em Mato Grosso, deputado estadual Ezequiel Fonseca, deve ingressar com uma representação judicial requerendo a anulação da abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar um suposto esquema de sonegação fiscal operado pelo empresário Eraí Maggi (PP) por meio da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat). O progressista alega desrespeito às regras do Regimento Interno da Assembleia Legislativa durante a sessão da última quarta-feira (29), quando a CPI foi aprovada.
Segundo ele, o presidente em exercício da mesa diretora, Romoaldo Júnior (PMDB), deveria ter lido o requerimento de abertura da comissão e informado quantas assinaturas apoiavam a proposta. Além disso, de acordo com Ezequiel, era preciso ter 13 deputados no plenário, mas estavam presentes apenas 11.Os argumentos do presidente do PP devem ser somados ao fato de o deputado estadual Ademir Brunetto (PT) ter entregado a Romoaldo, ainda na quarta-feira, um ofício em que comunicava a retirada de sua assinatura do requerimento da CPI. Sem o aval do petista, a proposta passa a ter apenas sete nomes, um a menos do que o necessário.
Autor do pedido de abertura da Comissão, o deputado José Riva (PSD) afirma que a iniciativa de Brunetto não teve validade porque foi tomada somente após a sessão na qual o presidente da mesa anunciou a abertura das investigações. O documento de Brunetto teria sido recebido por Romoaldo aproximadamente uma hora após o encerramento do encontro entre os parlamentares.
O petista justificou sua atitude com o fato de ter sido arquivada a proposta de CPI que pretendia investigar os contratos do governo do Estado com a empreiteira Trimec Construções e Terraplanagem. “Se a Casa não quis a CPI da Trimec, com o meu apoio não irá investigar a Cooamat”, disse.
A CPI da Trimec chegou a ter todas as assinaturas necessárias, mas na sessão de quarta-feira o presidente da mesa anunciou a retirada de quatro nomes do requerimento, o que o deixou apenas com quatro.A reportagem tentou contato com o deputado Romoaldo Júnior, mas ele não atendeu nem retornou as ligações até o fechamento desta edição.
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