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Quinta - 06 de Novembro de 2014 às 13:57

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Já se passaram 12 anos, mas o episódio ficou marcado na história da Fórmula 1. E na voz de Cleber Machado. Em 12 de maio de 2002, Rubens Barrichello recebeu ordem da equipe pelo rádio e cedeu o primeiro lugar na última volta do GP da Áustria paraMichael Schumacher, que vinha na segunda posição e brigava pelo campeonato. Narrador da TV Globo, Cleber ficou marcado pela frase "hoje não, hoje sim", já que esperava que o episódio que havia acontecido em 2001 não fosse se repetir.


Em participação no "Linha de Chegada" desta semana, o locutor lembrou o episódio e colocou a "culpa" no amigo em Reginaldo Leme, já que havia apostado com o colega que a Ferrari não mandaria o brasileiro deixar Schumacher passar novamente. Um ano antes, na mesma Áustria, Rubinho tinha cedido o segundo lugar ao alemão, que vinha em terceiro.

- Algumas pessoas acham que esse episódio foi ridículo, uma gafe. Considero espontâneo. Um ano antes, em 2001, a Ferrari mandou que eles trocassem de posição. Naquele ano, em 2002, era outro momento do campeonato e aqueles pontos não fariam tanta diferença. Barrichello era pole, foi líder nos treinos e era líder na corrida. Ele (Reginaldo Leme), então, disse que era preciso lembrar que, no ano passado, havia tido a inversão. Eu disse que não aconteceria e ele falou: "Eu não apostaria". Respondi: "Então eu vou apostar, eles não vão fazer isso nesse momento do campeonato, não vão tirar a vitória". E a corrida andou. Na última volta, eu comecei a falar: "No ano passado aconteceu aquilo, mas que esse ano acho que não". Aí o Barrichello freia e o cara passa. Hoje sim. Mas a gente bateu bem na Ferrari - lembrou o narrador.

O episódio em questão gerou muita polêmica na época. Barrichello fez questão de ceder a vitória ao companheiro apenas na última curva, para deixar claro que estava sendo submetido a uma ordem da equipe. E gerou vaias durante o pódio. Na ocaisão, Cleber narrou assim:

- Eles vão para a última volta, Rubens Barrichello em primeiro e Michael Schumacher em segundo. Ele vai caminhando para a sua segunda vitória. Para deixar o domingo do Dia das Mães mais festejado, com esse toque de vitria. Para dona Ideli, que está feliz da vida vendo o filho ganhar a sgeunda. Vai ter música de vitória? A Ferrari não vai atrapalhar o nosso domingo? Vem Barrichello, que começou em 1993, que tem 29 anos de idade, que completa 202 corridas. Das 14 mães (de pilotos) que foram para a corrida, a dona Ideli não está aí para comemorar essa vitória. Vem Barrichello, encosta Schumacher, eles vão para a última curva. Foi na última curva ano passado. Hoje não! Hoje não! Hoje sim… Hoje sim?… É inacreditável. Olha, é inacreditável. Não há nenhuma necessidade da Ferrari fazer isso. Se eu tivesse apostado todo meu dinheiro eu teria perdido - disse ele, na ocasião.





Fonte: SporTV

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