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Segunda - 10 de Novembro de 2014 às 16:00

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Disputas por áreas do crime motivam execuções e VG registra 14 assassinatos em nove dias

Novembro já registra uma morte a cada 15 horas na cidade de Várzea Grande que contabiliza 14 execuções em apenas nove dias, conforme dados do Comando Regional II. Somando o número de registros em Cuiabá o mês já acumula 21 mortes. Os números alarmantes em Várzea Grande suscitam uma série de discussões sobre as motivações e quanto a possível atuaação de um grupo de extermínio atuando na cidade, considerando que boa parte das vítimas possui algum tipo de histórico criminal. Para à polícia, a disputa de territórios seria a motivação.

A cidade, que tem população estimada em 265 mil habitantes de acordo com dados do IBGE 2014, possui duas unidades para o policiamento. O 4º BPM - responsável por toda área central que contabiliza oito crimes contra à vida - o 25º Batalhão - responsável pela região do Grande Cristo Rei - outros seis.

Há 60 dias como responsável pelas ações de segurança na segunda maior cidade do Estado, o comandante regional de Várzea Grande, coronel Sérgio Coneza, não crê na atuação de grupo de extermínio, mas pondera que uma das justificativas para o índice seria a disputa por territórios considerando que as medidas aplicadas reduzem o espaço para práticas criminosas.

“Acredito que estamos diante de uma ação mais intensa envolvendo a briga de marginais que perdem espaço para outros. Trata-se de uma disputa territorial. A PM tem feito inúmeras ações. Só nesse período de 60 dias foram mais de 300 prisões em situação de flagrantes. E essa situação, talvez, tenha gerado certo desconforto e os acertos”, avalia.

Na avaliação do coronel, a falta de organização administrativa da cidade, assim como o crescimento desorganizado, associado a precariedade na infraestrutura e setores de educação e saúde, corroboram diretamente para o aumento da criminalidade.

“Nós temos bolsões de miséria na cidade, que cresce sem organização e temos por consequência uma série de conflitos que não se limitam a atuação da polícia. Várzea Grande sofre com o desamparo administrativo e estrutural”.

Para ele, a impunidade é fator ainda agravante para práticas. “Dos 300 presos, boa parte por crimes como de roubos, já devem ter retornado para as ruas considerando a possibilidade de responderem em liberdade”, finaliza. Ele reconhece ainda que estrutura de segurança não consegue se desenvolver em ritmo acelerado, mas pontua, que Várzea Grande deve passar a contar – novamente – com uma equipe da Força Tática.

Por causa do advento da Copa do Mundo, que teve jogos em Cuiabá, a equipe (composta por 72 policiais ) foi remanejada para capital e retorna neste mês a Várzea Grande. No entanto, considerando o remanejamento de militares, dispensas e aposentadorias apenas 48 irão retornar. 





Fonte: Olhar Direto

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