Prevista para dezembro, obra já consumiu R$ 15,5 milhões Contrato de R$ 26,6 milhões já extrapolou prazo de execução, segundo levantamento
Prevista pelo Governo do Estado para ser concluída até dezembro, a duplicação da Avenida Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho) já custou, até o momento, pelo menos R$ 15,5 milhões aos cofres públicos.
O levantamento foi feito pela reportagem do MidiaNews junto ao Sistema de Planejamento, Finanças e Contabilidade (Fiplan) do Estado. Ao todo, a obra está orçada em 26,6 milhões.
O projeto foi iniciada em abril de 2013 e está sendo executado pelo Consórcio Trimec-Hytec. A obra deveria ter sido finalizada em abril passado, conforme o primeiro prazo previsto em contrato.
No entanto, apenas há quase duas semanas foi iniciada a quinta e última fase de reciclagem e recapeamento da pista antiga.
Tony Ribeiro/MidiaNews
|Obra da Estrada do Moinho era esperada para abril deste ano (Crédito: Tony Ribeiro/MidiaNews) Dentre os serviços que seguem sendo realizados atualmente na via – que deveria ter servido como rota alternativa à Avenida Fernando Corrêa da Costa durante a Copa do Mundo – estão o fim da construção da pista de ciclovia, hoje com 96% do projeto concluído, e dos serviços complementares (calçadas, meio-fio e sarjetas), que já estão 70% concluídas.
Pagamento e aditivos
Até o momento, o consórcio já consumiu mais de 50% da verba destinada ao projeto.
A obra custa, até o momento, R$ 26.696.504,41, e compreende a duplicação de 4,42 km de extensão, do trecho compreendido entre a Rua 20, no bairro Boa Esperança, e a Avenida Dr. Meireles, sendo complementar à obra do Complexo Viário do Tijucal (combinação de viaduto e trincheira no trevo de acesso ao bairro).
Consta no Fiplan que, até o momento, o consórcio já recebeu R$ 15.825.968,42 pela obra.
Ao não cumprir com o prazo previsto no contrato, a Trimec-Hytec ganhou seu primeiro termo aditivo e a conclusão do projeto era esperada para o dia 9 deste mês.
O termo de aditivo foi assinado entre as partes em 11 de abril e acrescentou 180 dias ao cronograma de execução e 240 dias ao prazo de vigência do contrato, que agora expira em 30 de dezembro deste ano.
O prazo de execução expirou, mas a expectativa é de que a obra seja finalizada dentro do prazo de vigência do contrato.
O projeto
Além da restauração da pista antiga e duplicação da avenida, o projeto ainda prevê o alargamento e reestruturação das pontes localizadas sobre o Córrego do Moinho (44 metros) e Rio Coxipó (84 metros).
Segundo a Secopa, a expectativa é de que os moradores dos bairros da região do Planalto, Santa Cruz e Boa Esperança possam acessar as principais avenidas de Cuiabá sem que, para tanto, precisem trafegar pela Avenida Fernando Corrêa.
Nessa obra de duplicação, está prevista a implantação de 4,8 km de ciclovias (faixas destinadas exclusivamente ao trânsito de bicicletas), que deverão completar os 1,8 km já existentes, totalizando uma pista de 7 km de ciclovia.
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