Alunos estudam há mais de um ano em barracão de igreja em MT Escola está sendo reformada e por falhas em fossa não foi entregue. Obra orçada em quase R$ 1 milhão deveria ter sido concluída em junho.

Faz mais de um ano que os alunos da Escola Estadual Vereador Amarilio Gomes da Silva, na comunidade rural Ribeirão dos Cocais, em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, estudam em um local improvisado nos fundos de uma igreja católica. O prédio onde funcionava a escola anteriormente passa por obras de reforma e ampliação, sem previsão de conclusão, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

Na escola de ensino fundamental e médio, estudam 200 alunos. O professor da unidade de ensino, José Eugênio Brito do Nascimento, afirmou que - aparentemente - a obra já está pronta, mas que ainda não foi autorizado o retorno para o local. "Estamos dando aula no salão paroquial, sem saber quando voltaremos para a escola", disse.

Segundo a Seduc, a empresa entregou a obra, mas foram identificadas falhas que devem ser sanadas antes do prédio ser utilizado. Conforme a pasta, foram identificadas falhas na construção de uma fossa. Por isso, a empresa deverá corrigir essas irregularidades. Por isso, a obra ainda não foi entregue à comunidade.

A obra teve início em dezembro de 2013, conforme dados do Geo Obras, do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Na obra, devem ser investidos R$ 930,1 mil. A previsão era de que a reforma fosse concluída em seis meses. Nesse caso, até junho deste ano, o que não ocorreu.

A merenda também tem sido preparada em uma cozinha improvisada, sem paredes. As panelas ficam empilhadas em cima de mesas e balcões, como mostram as fotografias tiradas pelo presidente do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCE), Flávio Vasconcelos, que trabalha na secretaria da escola. Ele disse que a obra já foi concluída há três meses e, enquanto isso, os alunos estão estudando em um barracão improvisado.

Na escola, foi feita uma reforma geral. O madeiramento do telhado foi substituído pela estrutura metálica, enquanto as telhas de cerâmica foram trocadas pelas telhas termoacústicas. A escola que possui mais de 100 anos já havia passado por reforma em 2006.