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Polícia Brasil
Sexta - 14 de Novembro de 2014 às 14:43

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Vagner Rosario/Futura Press/Estadão Conteúdo
Policiais federais falam da sétima operação Lava Jato durante coletiva de imprensa em Curitiba
Policiais federais falam da sétima operação Lava Jato durante coletiva de imprensa em Curitiba

A PF (Polícia Federal) em Curitiba confirmou há pouco a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e de mais 17 pessoas, de forma temporária e preventiva. Todas fazem parte da sétima fase da operação Lava Jato.

Os investigados que não foram localizados tiveram os nomes inscritos no sistema de procurados da PF e estão proibidos de deixar o país, entre eles, o lobista Fernando Baiano, apontado nas investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.

Foram realizados mandados de busca e apreensão nas empresas Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Júnior, OAS, Odebrechet, Queiroz Galvão e UTC. Diretores de algumas destas empresas foram presos na operação.

Ao todo, desta nove empresas investigadas, sete empreiteiras com contrato de mais de R$ 59 bilhões com a Petrobras foram alvo da operação deflagrada nesta sexta-feira, 14. "São aquelas em que o material apreendido e as quebras de sigilo dão material rousto para mostrar o envolvimento delas na formação de cartel, desvio de recursos para corrupção de agentes públicos", informou o delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela operação.

De acordo com o delegado, alguns executivos das sete maiores empreiteiras do país mantinham, nas últimas semanas, atitudes suspeitas. Segundo o policial, essas pessoas pernoitavam fora de casa e viajam com frequência. “Alguns vinham saindo do país com frequência ou dormiam em hotéis, apartamentos nitidamente com caráter de não permanecer [nas residências fixas]. Isso se comprovou hoje com alguns sendo encontrados em outras cidades.” Ele negou que tenha havido vazamento de informações.

Ainda de acordo com a PF, os executivos das empreiteiras presos hoje participaram diretamente da celebração de contratos com a Petrobras. Outros alvos da operação tiveram participação secundária ou atuaram no transporte de recursos obtidos de forma ilícita para doleiros, que posteriormente faziam a lavagem.

Na sétima fase da Operação Lava Jato foram expedidos 85 mandados judiciais e decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas referentes a um dos operadores do esquema.

Os grupos investigados registraram, segundo dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), operações financeiras atípicas no montante que supera R$ 10 bilhões. Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Os mandatos foram cumpridos nos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. Ao todo, mais de 300 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participaram da operação.





Fonte: Da Agência Brasil

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