Maconha circula livremente pelos corredores

Estudantes ouvidos pela reportagem reconhecem que a droga, especialmente a maconha, circula livremente pelos corredores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Para alguns, o uso de entorpecentes pode ter ligação com os constantes casos de furtos e arrombamentos de carros registrados no campus da instituição federal. 

“Não tenho conhecimento da prisão (do jovem de 18 anos). Mas, já vi muitas vezes, em pracinhas, principalmente, à noite, pessoas fumando (maconha)”, disse a acadêmica de engenharia sanitária, S.C, que estuda o dia todo e só sai da UFMT, por volta das 20 horas.

Embora diga que nunca teve problemas, a acadêmica diz que se sente insegura. “É uma situação que preocupa. Não posso afirmar que existe uma relação direta com os furtos que ocorrem no campus, mas pode ser que esses usuários roubam para comprar mais (droga)”, comentou.

Já o estudante Leonardo Barbosa, 20 anos, diz que recebe constantemente recomendação da avó para tomar cuidado. “Não tem policiamento e estão roubando e assaltando as pessoas a pé”, contou. Porém, para ele, esses crimes não teriam ligação com o uso de drogas dentro do campus. “Acho que são bandidos que vêm de fora. A falta de policiamento facilita o uso e também os furtos”, acredita o acadêmico, que defende uma atuação mais incisiva da Polícia Militar no campus.

Para o comandante do 1º Batalhão da Policia Militar, tenente coronel Antônio Mário Libanez Filho, a possibilidade de existir uma ligação entre os furtos e o uso de entorpecentes dentro do campus é grande. “Não dá para afirmar. Mas, pela minha experiência há uma ligação. Não existe crime, com exceção do passional, que não tenha relação com drogas”, opinou lembrando que tanto o tráfico como o consumo são crimes.

Libanez reforçou ainda que a PM só atua dentro do campus se acionada pela reitoria da universidade, pois a área é uma atribuição da Polícia Federal. (JD)