Irmão de prefeito de Várzea Grande (MT) é preso durante operação Na casa de Josias Guimarães foram encontradas armas, segundo MP. Operação foi deflagrada para apurar supostas irregularidades em licitação.
O irmão do prefeito de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, Wallace Guimarães (PMDB), foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo nesta terça-feira (18) durante a Operação Camaleão, deflagrada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na residência do médico Josias Guimarães, no Bairro Nova Várzea Grande, naquela cidade, os agentes encontraram uma 'coleção' de armas de fogo, porém, sem registro, como informou o Ministério Público Estadual (MPE).
Ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes de Várzea Grande e deverá prestar depoimento ao delegado da Polícia Civil. Por telefone, Josias disse ao G1 que preferia não se manifestar sobre o assunto e alegou que 'iria entrar em uma reunião'.
Os policiais teriam ido até a casa dele por 'engano' durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, como alegou Wallace Guimarães, que completa 53 anos nesta terça-feira. Durante a operação, os agentes do Gaeco analisaram documentos relacionados à contratação de uma construtora que meses antes da licitação tinha alterado o ramo de atividade de sapataria para construção civil.
A assessoria do MPE, no entanto, informou que ainda não foi confirmado se de fato os agentes entraram na casa errada e fizeram o flagrante das armas ou se o mandado deveria ser cumprido na casa de Josias.
A empresa foi contratada por R$ 10,5 milhões para executar obras de infraestrutura no município. Porém, por recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) o contrato foi suspenso em setembro deste ano, até que a situação seja esclarecida. Diante dos indícios de irregularidades no processo licitatório para a contratação dessa empresa, o MPE começou a investigar o caso. Os documentos recolhidos durante a operação devem auxiliar nas investigações.
Foram analisados documentos das secretarias de Administração, de Obras e da Comissão de Licitação. O prefeito alegou que a empresa contratada apresentou atestado de capacidade técnica do Conselho Regional de Engenharia de mato grosso (Crea).
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