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Economia
Quarta - 19 de Novembro de 2014 às 22:59

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Reprodução/TV Morena
Informações foram divulgadas pelo 3º Levantamento  das Intenções de Confinamento em 2014.
Informações foram divulgadas pelo 3º Levantamento das Intenções de Confinamento em 2014.

O confinamento de gado em Mato Grosso teve uma redução de 11% em 2014. Durante o planejamento do confinamento, entre março e abril, os confinadores avaliaram que o preço futuro da arroba era desfavorável para investir nesta estratégia. Os pecuaristas do Estado destinaram 636,66 mil animais ao regime fechado de alimentação neste ano, ante a 717,8 mil cabeças apuradas em 2013.

As informações foram divulgadas pelo 3º Levantamento das Intenções de Confinamento em 2014, um estudo feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) a pedido da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, explica que os números mostram o amadurecimento do pecuarista, que tem tratado o sistema como um negócio de risco. Conforme ele, o confinamento precisa de planejamento, com avaliação dos custos e investimentos necessários para a atividade. "O pecuarista está tratando o confinamento como uma ferramenta tecnológica, cujo desempenho depende da renda da atividade".

De acordo com a pesquisa, a utilização foi menor mesmo com a capacidade estática tendo diminuído. Em 2014, a capacidade estática foi de 846,7 mil cabeças, valor 5% menor que 2013, quando era de 891,4 mil cabeças. Esta capacidade fica abaixo, inclusive, do ano de 2012 quando o Estado era capaz de suportar 850,5 mil cabeças.

Segundo a Acrimat, com os altos custos da alimentação e reposição no início do planejamento do confinamento e as perspectivas ruins para os preços do boi gordo, os confinadores atrasaram o primeiro giro do confinamento e muitos deles acabaram por fazer somente um giro.

Assim, a maior parte dos abates de animais provenientes de confinamento se concentrou em outubro, quando foram entregues 27% dos animais, enquanto que, no ano passado, a concentração de entregas foi maior nos meses de setembro e outubro (28,3% e 25,8%, respectivamente).

Uma das explicações para isto está nos preços elevados da reposição, que desestimularam os grandes confinadores. Mesmo com a queda nos preços dos ingredientes do concentrado no segundo semestre, esses investidores dependem da compra desses animais para a engorda.

Regiões confinadoras

As cinco principais regiões mato-grossenses apresentaram quedas consistentes no montante de animais confinados. Destaque para a região Centro-sul, que teve seu volume reduzido em 25,6%, passando de 122,74 mil para 91,28 mil cabeças entre 2013 e 2014, respectivamente. A principal região confinadora do Estado, a Médio-norte, teve uma redução de 13% no total de cabeças fechadas no cocho frente a 2013, confinando 153,06 mil cabeças este ano. Este cenário de diminuição do total confinado se repetiu por dois anos seguidos nas principais regiões.

Por outro lado, as regiões menos expressivas no total de animais vêm apresentando aumentos consecutivos nos últimos dois anos, sendo elas Norte e Noroeste. Em expressividade, a região Norte surpreendeu, tendo em vista que do ano passado para cá o montante de animais mais que triplicou, passando de 11,3 mil para 34,80 mil cabeças. A região noroeste também apresentou aumento expressivo, passando de 4 mil para 6,4 mil cabeças, um aumento de 60,0%.





Fonte: Do G1 MT

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