Nova Mutum sofre derrota, mas da show com estratégia de goleiro-linha Um goleiro com virtudes ofensivas com os pés gera conforto para a equipe quando no ataque

As regras do futsal sofreram alterações na década de 1990 que modificaram a maneira de atuar do goleiro. Dentre elas: a área penal foi aumentada; foi liberada para marcações de gol; o goleiro foi impedido de receber, com as mãos, as bolas recuadas pelos companheiros, lhes obrigando a usar os pés; permitiu-se também que atuassem fora da área penal com os pés. Disso tudo decorreu que, além das habilidades peculiares, os goleiros tiveram que desenvolver as ofensivas com os pés, como o domínio da bola, o passe, a condução e até o drible.

Neste contexto que pudemos observar durante a partida entre Nova Mutum e Tangará da Serra, pela Taça Mato Grosso de Futsal, na categoria Sub-17 masculino, que ocorre de sexta-feira (21) até domingo (23), em Sapezal, um espetáculo a parte. Sob o comando do técnico de Nova Mutum, Alessandro Narciso a estratégia do goleiro-linha foi utilizada praticamente o segundo tempo inteiro para tentar recuperar uma desvantagem de quatro a três.

“Sempre que estamos perdendo costumo utilizar o goleiro-linha para termos um jogador a mais. Essa estratégia pode ser feita tanto com o próprio goleiro, como foi o caso de hoje, com ele jogando adiantado, como substituindo o mesmo por um jogador de linha. Acredito que o ganho com a superioridade numérica vale o risco de levar um gol a distância. Afinal, quando se está atrás no placar é preciso arriscar mais”, explica o técnico, Alessandro Narciso.

O jovem goleiro de 17 anos, Jussian da Silva, conhecido pelos demais atletas por Caburé, foi o responsável direto por esse espetáculo a parte. O goleiro endiabrado passou mais tempo no ataque junto com os jogadores de linha, do que no próprio gol. A partida ficou deveras emocionante com a pressão que Nova Mutum exercia sobre a inabalável equipe de Tangará da Serra. O show de Jussian emocionou dentro e fora da quadra, mas o placar ficou nos 4 x 3 para Tangará.