Joaquim Levy diz que terá autonomia para comandar Ministério da Fazenda Para novo ministro, independência "está dada" e será confirmada "ao longo do tempo"
"A autonomia está dada". Foi dessa forma que o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, resumiu como será sua relação com a presidente Dilma Rousseff a partir de 2015, quando passará a conduzir a economia do País.
Durante pronunciamento nesta quinta-feira (27), Levy demonstrou estar satisfeito com o grau de autonomia que terá na gestão da pasta.
Após ser confirmado como novo integrante da equipe econômica de Dilma, ele afirmou que, ao longo da sua atuação, ficará claro o grau de independência em relação à intervenção do Planalto.
— O objetivo é claro, os meios a gente conhece. Acho que há suficiente grau de entendimento dentro da própria equipe e maturidade. Essa questão vai se responder de uma maneira muito tranquila. Dizer uma coisa ou outra não tem muito sentido hoje. A gente vai ver, dia a dia, como ela ocorre.
A suposta falta de autonomia das autoridades econômicas brasileiras vem provocando críticas ao Palácio do Planalto. Economistas e agentes do mercado financeiro, além de políticos da oposição e da base aliada, reclamam da interferência do governo federal — e da própria presidente — no Ministério da Fazenda e no Banco Central.
Em razão disso, a escolha de Levy foi elogiada por agentes do mercado, já que ele demonstra um perfil mais independente e disposto a comprar brigas — assim como fez em sua passagem na Fazenda no primeiro mandato de Lula.
Levy agradeceu a oportunidade de assumir a Fazenda, se disse honrado em suceder Guido Mantega e indicou que Dilma Rousseff confia no trabalho dele.
— Quando uma equipe é escolhida, é porque há confiança nessa equipe, e não tenho indicação nenhuma em sentido contrário.
Além de Levy, o Palácio do Planalto confirmou hoje Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento e a permanência de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central.
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