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Economia
Sexta - 28 de Novembro de 2014 às 22:32

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Cielo chegou a 1,54 milhão de lojas credenciadas com suas '"maquininhas", como são chamados os equipamentos para processar pagamentos feitos com cartões de crédito e de débito

A Cielo anunciou nesta quinta-feira sua primeira loja física, passando a uma postura mais ativa na busca de clientes enquanto tenta aliviar os efeitos da frágil atividade econômica do País e marcar posição num mercado em que a maior concorrência começa a pressionar as margens das empresas de cartões.

A loja num shopping center em São Paulo é a primeira de várias planejadas para diversas cidades do País. Outra deve ser aberta no começo de 2015 no Rio de Janeiro. Simultaneamente, a Cielo abriu 19 quiosques "sazonais".

Com as unidades físicas, a Cielo quer alcançar pequenos comerciantes, lojistas e empreendedores individuais, tipo de público que já representa 85% de seus novos clientes.

"A gente quer vencer a inércia de parte desse público, que tem interesse em ter a maquininha, mas não o faz por iniciativa própria", disse a jornalistas o vice-presidente responsável pela área Comercial Varejo da companhia, Eduardo Chedid.

No fim de setembro, a Cielo chegou a 1,54 milhão de lojas credenciadas com suas "maquininhas", como são chamados os equipamentos para processar pagamentos feitos com cartões de crédito e de débito. O crescimento foi de 12,5% em 12 meses, ainda elevado para uma economia que cresce quase zero, mas num ritmo bem inferior ao dos últimos anos.

Diante da atuação de concorrentes, como as recém-chegadas Elavon e First Data, a companhia teve que fazer mais concessões a lojistas, o que resultou numa queda anual de 4 pontos percentuais na margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no terceiro trimestre.

Com a perspectiva de que o atual cenário de atividade econômica fraca e competição mais forte vai se prolongar, o presidente da Cielo, Rômulo Dias, previu no mês passado um horizonte desafiador para o mercado de meios de pagamento em 2015.

Nesta quinta-feira, Chedid reconheceu que esse cenário pesou na decisão da Cielo de abrir lojas físicas.

"A gente agora vai ter que se esforçar mais para manter o ritmo", disse o executivo, explicando que as lojas terão como missão explorar as vendas por impulso, facilitando o acesso de profissionais como dentistas e feirantes, que poderão sair com um equipamento funcionando em menos de 30 minutos.

A iniciativa vem uma semana após a Cielo ter fechado uma transação bilionária para gerir parte das operações de cartões de seu sócio Banco do Brasil em uma joint venture na qual vai aportar R$ 8,1 bilhões.





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