Operação Integrada Lei Seca contabiliza 207 prisões por embriaguez neste ano
Iniciada em fevereiro deste ano, a operação Lei Seca completou dez meses com a prisão de 207 motoristas sob efeito de álcool. A última edição de 2014, foi realizada neste domingo (30.01), na MT 040, e Rodovia do Imigrantes, próximo ao trevo de acesso ao município de Santo Antônio do Leverger (34 km ao Sul), em Cuiabá.
O coronel Átila Wanderley da Silva, secretário executivo do GGI, disse que a operação integrada das forças policiais estadual, federal e órgãos de trânsito deve retornar os trabalhos o começo de 2015, mas as fiscalizações não deixarão de ocorrer, principalmente nesse período de festas de fim de ano. "A operação Lei Seca é ininterrupta. Nesse período os órgãos continuaram atuando de forma enérgica", disse.
Ao longo do período da Lei Seca foram lavrados 1.246 autos de infração, relativos ao consumo de álcool dentro do Código de Trânsito Brasileiro - qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165 - e medidas administrativas como recolhimento de 420 carteiras de habilitação e o recolhimento de 204 veículos.
O delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito, Christian Alexandro Cabral, explicou que nas abordagens com resultado positivo, o motorista é encaminhado à Delegacia Móvel, um ônibus da Polícia Civil, adquirido para a Copa do Mundo, por meio de convênio federal, que agora passou a ser empregado na operação, para dar maior agilidade aos trabalhos de polícia judiciária.
"Se condutor tiver até 0,33mg/l de álcool expelidos pelos pulmões ele será autuado administrativamente e vai pagar multa de R$ 1.915,00; terá sua CNH recolhida e o veículo retido até a apresentação de um condutor habilitado", explicou. "No caso do índice ultrapassar 0,33 mg/l será flagranteado, interrogado e encaminhado a unidade de policial, onde ficará encarcerado até o pagamento da fiança, que lhe permitira responder em liberdade pelo crime cometido", completou.
A operação “Lei Seca” é coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI), da Secretaria de Segurança Pública, em parceria com o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, Delegacia de Delitos de Trânsito, da Polícia Judiciária Civil, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Corpo de Bombeiros Militar, Ministério Público Estadual e Associação dos Deficientes.
Neste domingo, a operação efetuou a prisão de 14 motoristas que dirigiam embriagados, sendo fiscalizados 223 veículos, abordadas 260 pessoas, realizados 252 testes de alcoolemia (bafômetro). Também foram lavrados 46 autos de infração, sendo 22 de alcoolemia, em razão do teste apontar algum teor de álcool no organismo. Também foram recolhidas 20 carteiras de habilitação e 14 veículos, sendo 10 carros e quatro motocicletas)
A Marinha do Brasil, que participou pela primeira vez da operação Lei Seca, apreendeu 4 embarcações e lavrou 4 autos de infração, contra os condutores de embarcações na Lagoa Trevisan.
Os órgãos de trânsito e forças policiais, estimam que a Lei Seca tenha atingido cerca de 1.500, na ação educativa de prevenção a acidentes de trânsito, neste domingo.
O delegado Christian Alexandro Cabral disse que Lei Seca ainda não atingiu o resultado esperado na redução dos acidentes de trânsito, mas alcançou caráter pedagógico, o que segundo ele, é um bom começo. "Hoje as pessoas estão mais preocupadas em beber e dirigir", destaca.
O coordenador do Detran, nas operações Lei Seca, Luiz Gustavo Caran, também confirma o temor das pessoas em serem abordadas nas fiscalizações da operação. "Percebemos que no começo das ações da Lei Seca haviam mais casos de embriaguez e agora as pessoas passaram a temer serem pegas na Lei Seca", disse.
A operação de caráter permanente foi lançada em fevereiro, deste ano, pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, em parceria com outros órgãos municipal, federal e estadual. Barreiras são montadas em pontos estratégicos da cidade para evitar a prática do crime e conscientizar os motoristas sobre o risco da mistura, álcool e direção.
Conforme o coronel Átila, a operação veio para aperfeiçoar as condutas das instituições de segurança no trânsito, com maior rigor da Lei nas ações repressivas e preventivas. "O intuito é preventivo, embora nas operações haja prisões, mas o objetivo é mudar a conduta do condutor no trânsito com relação a dirigir. Essa é a mensagem da operação lei seca", finaliza.
Em 2015, a operação será expandida para todo o Estado de Mato Grosso. "Queremos levar para população essa necessidade de mudança do comportamento no trânsito", finaliza o coordenador executivo do GGI.
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