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Terça - 02 de Dezembro de 2014 às 15:04

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Moradores dos municípios de Lucas do Rio Verde, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Nova Mutum e Sorriso, no Norte de Mato Grosso, prometem fechar a BR-163 por tempo indeterminado, a partir de sábado (6).

O ato será mais um manifesto contra a Operação "Terra Prometida", deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira (27), que investiga uma suposta quadrilha que atuava com fraudes em terras da União, destinadas à reforma agrária.

O grupo, que assinou ontem (1º) uma carta de repúdio contra a maneira como a investigação e as prisões foram realizadas pela PF, é liderado pelo vereador de Lucas do Rio Verde (354 km de Cuaibá), Airton Callai (PSD).

"A Justiça não disse quem é ou não um infrator. Agora, prender todo mundo nos afronta, já que a maioria é pai de família e mora em Mato Grosso há mais de 20 anos" Segundo o vereador, os investigados são pais de família, vivem em endereço fixo há mais de 20 anos e não causam risco nenhum em aguardar o julgamento em liberdade.

“A maneira que está sendo conduzida essa investigação é que nos causa 'estranheza'. Nós sabemos que a maioria dos que estão presos é gente de bem. Não podemos dizer que um senhor que comprou a terra há cinco seis anos é infrator. A Justiça não disse quem é ou não um infrator. Agora, prender todo mundo nos afronta, já que a maioria é pai de família e mora em Mato Grosso há mais de 20 anos”, disse.

Callai também citou que muitos dos que estão sendo investigados compraram terras sem saber o procedimento. Para o vereador, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), é o culpado pelas fraudes em terras da União.

“O Incra é quem deveria investigar quem são os compradores, fiscalizar quem tá morando no local, mas ajudava a fazer a falcatrua. O responsável pela falcatrua é o Incra. Por isso enviamos nossa carta de repúdio aos órgãos de Cuiabá e queremos que os verdadeiros errados cumpram pelo que causaram e que os pais de família possam voltar para suas casas”, afirmou o vereador.

"O Incra é quem deveria investigar quem são os compradores, fiscalizar quem tá morando no local, mas ajudava a fazer a falcatrua"

O vice-governador eleito, Carlos Fávaro (PP), esteve no manifesto e declarou apoio à causa.

Em entrevista ao site CenárioMT,ele afirmou que a questão fundiária será uma das prioridades no Governo Pedro Taques (PDT).

“O projeto do novo governo é tentar regularizar o maior número possível de assentamentos. O primeiro a ser analisado será justamente o assentamento localizado no município de Itanhangá”, disse Fávaro.





Fonte: Mídia News

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