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Segunda - 08 de Dezembro de 2014 às 22:26

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Localizada no Médio-Norte, a pacata Itanhangá (a 458 km de Cuiabá) possui cerca de 10 mil habitantes. Oitenta por cento estão ligados ao assentamento de 100 mil hectares, o maior do país, e os 20% restantes vivem de serrarias, de acordo com dados da prefeitura. Considerada de pequeno porte, a cidade passaria despercebida, não fosse a operação Terra Prometida, deflagrada no último dia 27, para desmantelar assentados irregulares que, segundo investigações da Polícia Federal, se apossaram de terras cedidas pela União para a reforma agrária.

Por causa da operação policial, que levou para a prisão vários agricultores, que já conseguiram a liberdade, os itanhangenses, boa parte advindos do Sul do país, sentiram-se acuados, constrangidos e revoltados. Foi o que constatou a reportagem do Rdnews, que visitou o município. Para eles, “muitas pessoas de bem foram prejudicadas” e citam que a ação policial vai impactar na economia, predominantemente do plantio de soja e milho.

Desde 2005, quando Itanhangá deixou de ser distrito de Tapurah, a cidade sofre com a falta de infraestrutura. Muitas ruas não possuem asfalto. Assentados também convivem com realidades estruturais diferentes, sendo uns com casas de alvenaria e outros sob barracões.

A sede da prefeitura é cercada de vias sem pavimentação asfáltica. Nesta época do ano, de muita chuva, ficam esburacadas. Já o prédio da Câmara Municipal está numa área asfaltada.

O maior lazer dos habitantes da zona urbana, principalmente à noite, é um campo de futebol. E foi ali que muitos moradores se reuniram para comemorar a libertação dos que tinha sido presos.

Antes de se tornar município, as dificuldades dos moradores eram maiores. Conviviam com falta de energia elétrica e estradas precárias. O asfaltamento da MT-338, que liga municípios da região, inclusive Lucas do Rio Verde, trouxe desenvolvimento, mas ainda há um trecho de 16 km de estrada de chão.

Em termo de segurança, conta com apenas três policiais que se revezam em plantões de 24 horas por 36h. O ideal, segundo o prefeito João Antônio Vieira, o João Cabeça Branca (PSD), seria mais três homens para reforçar o efetivo. Disse que vai procurar, a partir de janeiro, o governador Pedro Taques para reivindicar também uma Delegacia de Polícia.

Na saúde pública, a população se apega a um posto do Programa Saúde da Família (PSF), reaberto no mês passado após reforma, e a duas unidades de Pronto Atendimento. Ambos atendem situações de baixa complexidade. Para situações de média e alta, a cidade tem como base o hospital regional de Sinop.

O prefeito diz que, quanto à educação, tem havido melhor desempenho. Alcançou 5,9 pontos em 2011 de Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) e neste ano chegou a 6 pontos.





Fonte: RD News

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