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Policia MT
Terça - 09 de Dezembro de 2014 às 07:09

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Reprodução/TVCA
Delegado, procuradora e juiz teriam recebido ameaças após operação.
Delegado, procuradora e juiz teriam recebido ameaças após operação.

A Polícia Federal (PF) deverá investigar a autoria das ameaças de morte que teriam sido recebidas por uma procuradora, um juiz e um delegado envolvidos com a operação "Terra Prometida", deflagrada no último dia 27 contra uma suposta quadrilha de exploração ilegal de terras da reforma agrária na região de Itanhangá, município a 447 km de Cuiabá.

Segundo nota publicada pelo Ministério Público Federal (MPF) na tarde desta segunda-feira (8), as denúncias de ameaças de morte devem basear a abertura de um inquérito por parte da PF. Além do delegado, do juiz e da procuradora, outras três pessoas teriam sofrido as ameaças.

De acordo com o MPF, as ameaças foram feitas logo após a Justiça Federal proferir decisão favorável à soltura de 34 pessoas que haviam sido presas mediante mandados de prisão preventiva expedidos na operação.

Ao todo, 52 pessoas haviam tido mandados de prisão expedidos contra si. Eles são suspeitos de participar de uma quadrilha voltada à exploração ilegal dos lotes do assentamento Itanhangá(no município de mesmo nome) mediante fraudes, auxílio de servidores públicos e pistolagem.

Conforme divulgou a nota, nesta segunda-feira estiveram reunidos o juiz, a procuradora e o delegado ameaçados para tratar do assunto. O delegado teria recebido um telefonema com ameaças que se estendiam à procuradora e ao magistrado.

A PF já teria conhecimento de que o telefonema com as ameaças partiu de um telefone público no município de Itanhangá. Na nota emitida pelo MPF, os três ameaçados dizem que não se sentem intimidados, afirmando que as ameaças somente reforçam os argumentos que baseiam a operação Terra Prometida e que elas atestam a suposta periculosidade da organização investigada.

Prisões
Até a última quinta-feira, 36 pessoas haviam sido presas por força dos mandados judiciais da operação Terra Prometida. A PF não divulgou novos balanços desde então, mas pelo menos dez presos foram liberados do Centro de Custódia de Cuiabá na noite de quinta-feira graças à decisão favorável da Justiça Federal em pedido de Habeas Corpus.

Outras 16 pessoas investigadas tinham alvarás de soltura a serem cumpridos naquele mesmo dia na Penitenciária Central do Estado e no Presídio Feminino da capital, mas outras oito pessoas ainda poderiam se beneficiar do efeito extensivo do Habeas Corpus. Um agricultor que se encontrava foragido desde o dia da deflagração da operação acabou se entregando à PF no dia seguinte.

Já segundo o advogado Petan Pizza, um cliente seu, servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também obteve a revogação da prisão durante o plantão do fim de semana e foi liberado no último domingo do Centro de Custódia da Capital.

Nesta segunda-feira, o MPF também confirmou que um dos supostos membros do primeiro escalão da quadrilha investigada se entregou à PF. Logo após se entregar, ele foi interrogado e foi encaminhado para uma unidade prisional de Cuiabá, mas acabou passando mal e, até a noite desta segunda-feira, ainda estaria em um hospital da capital sob custódia da PF.





Fonte: Do G1 MT

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