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Terça - 09 de Dezembro de 2014 às 12:29

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Em nome da Casa Mãe Joana, tiram dinheiro das pessoas


YURI RAMIRES
Da Reportagem

Duas pessoas estão usando o nome do Lar de Solidariedade Casa da Mãe Joana, que acolhe pessoas soropositivas, para tirar dinheiro de pessoas no centro de Cuiabá. A coordenação da instituição confirmou que se trata de um golpe, apesar de não haver registros de vítimas na Polícia Civil, que vem alertando à população para evitar prejuízos.

Trata-se de um casal, nomes não foram identificados, que atuam entre a Praça Alencastro e a Praça Santos Dumont. Com panfletos e terços na mão, eles abordam qualquer pessoa e começam um questionamento, até que pedem uma ajuda “simbólica” para a instituição.

Conforme uma das vítimas, A.C.A, 35 anos, ela tinha acabado de sair do serviço, quando uma mulher a abordou e perguntou se ela tinha preconceito. “Eu fiquei assustada, mesmo não sabendo do que se tratava, eu respondi que não. Foi aí que ela passou a me mostrar panfletos sobre doenças sexualmente transmissíveis”, lembra.

Em seguida, a golpista fala dos perigos da Aids, e cita a Casa da Mãe Joana, dizendo que a instituição está em más condições e que precisa de ajuda.

“Ela me ofereceu um terço, de plástico, dizendo que havia sido benzido pelo Padre Bruno, da Igreja do Bom Despacho. Aceitei, e em seguida ela pediu um valor simbólico, dei R$ 2,00, mas ai ela disse que cada terço custava R$ 5 reais”.

A vítima contou ao Diário que achou o preço salgado, mas por conhecer o trabalho desenvolvido na Casa da Mãe Joana, comprou para ajudar. “Depois dei os R$ 5, mas ela não me devolveu os R$ 2 que tinha dado antes. Quando pedi de volta, ela começou a falar mais rápido, em um tom exagerado, repetindo orações e agradecimentos, até que saiu com pressa”.

No dia seguinte, A. ligou na instituição e perguntou se eles estavam fazendo alguma campanha para arrecadar fundos, mas foi informada pela coordenação da casa de que não havia campanha alguma e que se tratava de um golpe de pessoas que agem de má fé.

Outra vítima relatou a mesma situação, mas dessa vez foi abordada por um homem em frente a um bar na Getúlio Vargas. “Quando ele me falou o valor do terço, disse que não tinha troco, mas em seguida ele me mostrou um bolo de dinheiro dizendo que isso não seria problema, que ele trocava”, contou.

Paulo Rogério, coordenador do Lar de Solidariedade Casa da Mãe Joana, que já tinha conhecimento e que foi até a praça conversar com a pessoa e ameaçou chamar a polícia.

ALERTA - De janeiro a outubro de 2014, 416 golpes foram aplicados em Cuiabá e 313 em Várzea Grande, porém, estima-se que os números sejam maiores já que muitas vítimas não registram o fato. “Como não são imediatamente comunicados a polícia, acaba impossibilitando a prisão em flagrante”, ressaltou o delegado Fausto José.

O delegado Sylvio do Vale explica que a prisão ocorre por meio de mandado e o objetivo da Polícia Civil é identificá-los e prendê-los. 





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