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Terça - 09 de Dezembro de 2014 às 10:25

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Delegado Valdeck Júnior diz que para esse tipo de golpe os bancos não costumam fazer o ressarcimento administrativo
Delegado Valdeck Júnior diz que para esse tipo de golpe os bancos não costumam fazer o ressarcimento administrativo

Além de alertar sobre os riscos de assaltos àqueles que fazem saques em dinheiro, a polícia informa que há um novo golpe na praça: o da troca de cartões.

Passando-se por funcionários de banco, ladrões estão distraindo e enganando clientes, especialmente funcionários públicos e pensionistas que recebem em instituições bancárias oficiais. No Cisc Planalto, em Cuiabá, há registros de mais de 10 queixas.

O golpe, segundo o delegado coordenador do Cisc, Valdeck Duarte Júnior, acontece da seguinte maneira: uma pessoa que está na fila, geralmente do sexo masculino, se identificando como funcionário da agência que também vai fazer uma operação financeira, aproxima-se oferecendo auxílio a quem está com dificuldade para fazer uma movimentação no caixa eletrônico.

Aceita a ajuda, ele faz toda operação bancária, exceto digitar a senha, porém a copia enquanto a vítima está digitando. Todo solícito, retira o cartão da vítima da máquina e, repentinamente, abaixa-se até o chão simulando que viu um comprovante de movimentação bancária. Ao se abaixar, faz a troca dos cartões. Quem acabou de ser “auxiliado” recebe o cartão da vítima do golpe anterior.

Você pode estar questionando: “Como alguém aceita receber um cartão com outro nome?” É que ao continuar conversando com a vítima, falando, por exemplo, de como é difícil manusear essas máquinas instaladas pelos bancos, ele a distrai. Distraída, a pessoa guarda o cartão na bolsa sem conferir se realmente é o dela.

Quando percebe que foi enganada, já em casa ou numa nova operação financeira, é tarde. O ladrão que, que tem a senha, depois de verificar o saldo, começa a gastar, faz saques e compras até zera o saldo da vítima.

Valdeck Júnior alerta que para esse tipo de golpe os bancos não costumam fazer o ressarcimento administrativo. As vítimas precisam acionar a instituição judicialmente.

Essa modalidade de crime não se enquadra como estelionato, mas como furto mediante fraude. O delegado acredita que em outras delegacias pode haver registro de queixas, porém não há estatísticas oficiais.

De acordo com Valdeck, esse golpe surgiu há menos de dois anos e está ocorrendo mais no período de pagamento de salários, final e início de mês. Vítimas são principalmente pessoas mais simples e de mais idade, que têm dificuldades para operar caixas eletrônicos.

A polícia está analisando algumas imagens fornecidas por agências bancárias, porém ainda não identificou ou prendeu nenhum suspeito. Portanto, recusar ajuda de estranhos, desconfiar de pessoas “boazinhas de mais”, pode ser a melhor saída para se livrar desse e dê outros golpes.

“Infelizmente, tem muitas pessoas que caem em golpes por ingenuidade, acreditar na boa vontade de desconhecidos”, lamenta Valdeck. Mas há também, observa, aquelas que querem levar vantagem, como é o caso do “bilhete premiado” que, mesmo antigo, continua fazendo “vítimas”. 





Fonte: Do DC

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