Arábia Saudita prolonga prisão de mulheres detidas por dirigir Segundo a Anistia Internacional, elas ficarão presas por mais 25 dias. Uma delas foi detida quando tentava entrar dirigindo no país.

As autoridades da Arábia Saudita prolongaram o período de detenção de duas militantes por terem defendido o direito das mulheres de dirigir, algo proibido no reino, informou a Anistia Internacional nesta terça-feira (9).

Lujain Hathlul e Maysaa Alamudi permanecerão detidas "por mais 25 dias", indicou a ONG com sede em Londres em um comunicado.

"Prender uma mulher simplesmente porque ela dirigiu um carro é totalmente absurdo", denunciou o diretor adjunto da Anistia para o Oriente Médio, Said Boumedouha.

O Ministério saudita do Interior não comentou a extensão da pena e os parentes das duas se recusaram a dar declarações nesta terça.

Lujain Hathlul, de 25 anos, foi detida no dia 30 de novembro quando tentava entrar dirigindo na Arábia Saudita proveniente dos Emirados Árabes Unidos.

Alamudi, uma jornalista saudita que vive nos Emirados, tentou impedir a detenção da colega e também foi levada pelos policiais.

Várias motoristas já foram presas e tiveram seus carros apreendidos, mas essas condenações estão entre as mais longas já aplicadas no reino, afirmaram militantes dos direitos civis à AFP.