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Cidades/Geral
Terça - 09 de Dezembro de 2014 às 23:15

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Quatorze pessoas envolvidas no esquema de falsificação de diplomas e certificados do ensino fundamental, médio, técnico, superior e pós-graduação foram indiciadas pela Polícia Civil nos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa. A primeira parte da operação "Falsário" foi concluída, na última sexta-feira (5), e o inquérito policial encaminhado ao Fórum da Comarca de Cáceres.

Os beneficiários das fraudes continuarão a ser investigados em autos complementares e poderão responder por uso de documento falso, se comprovado a utilização do certificado. A delegada que preside as investigações, Anamaria Machado Costa, informou que solicitou informações aos órgãos que tiveram servidores beneficiados e está recebendo pedidos também sobre os certificados apresentados pelos funcionários públicos para elevação na carreira e até mesmo ingresso durante o concurso.

A delegada também informou que duas instituições de ensino, no Rio de Janeiro e no Maranhão, já foram alvos de investigações das polícias de seus estados e estariam com as atividades suspensas. "Estavam sem funcionamento e mesmo assim emitiam certificados. Constatamos isso pelas datas dos certificados", destacou a Anamaria.

A operação "Falsário" foi deflagrada no dia 27 de novembro para cumprimento de cumprimento de 57 ordens judiciais em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, sendo 11 mandados de prisão preventiva, 23 busca e apreensão domiciliar e 23 três mandados de condução coercitiva. Na operação foram apreendidos mais de 300 diplomas e certificados, que ainda seriam entregues a "clientes", R$ 126 mil em dinheiro, 28 mil em cheques, além de notebooks e computadores, entre outros documentos.

Na semana passada foi preso em Ji-paraná, Rondônia, D.S. apontado nas investigações como líder da quadrilha naquele estado, que estaria se desvinculando de C.A.S. - articulador do esquema de fraudes em Mato Grosso - para formar sua própria rede em Rondônia. "Ele já estava numa posição de líder em Rondônia pela grande quantidade de pessoas beneficiarias e colaboradores", disse a delegada Anamaria Machado Costa.

Em Mato Grosso, o esquema de emissão de certificados falsos foi montado pelo empresário C.A.S., dono de uma rede de laboratórios na cidade de Cáceres, que atendia pessoas de várias partes do Brasil interessadas em certificados "frios" de ensinos. O empresário está detido em cumprimento de mandado de prisão preventiva, na cidade de Cáceres. Ele já foi investigado em São Paulo e estaria agindo desde o ano de 1998. Em Mato Grosso, na cidade de Cáceres, fixou residência há quatro anos e passou a movimentar o esquema com apoio de colaboradores.

Ele mantinha em Cuiabá um escritório, identificado por 'Inovar Curso Preparatório', onde ficavam duas secretárias e dali saiam os pedidos de certificados do ensino fundamental e médio. Havendo pedidos também para emissão de diplomas técnico, nível superior e pós-graduação, porém estes eram tratados diretamente com o empresário.

As duas funcionárias também foram presas na operação e revelaram que os certificados eram emitidos para beneficiados, que encomendavam os documentos de conclusão de nível fundamental e médio, ao preço unitário de R$ 980 ou R$ 1,9 mil, os dois.

Uma média de 40 pedidos eram recebidos por mês no escritório. Conforme as funcionárias, pelo escritório, interessados nos certificados faziam o pedido, via telefone, remetiam a documentação necessária (RG, CPF, comprovante de residência, certidão de nascimento ou casamento), para confecção do certificado que vinha de outros estados da federação.

No local, policiais da Diretoria de Inteligência acompanhados do delegado de Cáceres, Mário Roberto de Souza Santiago Junior, apreenderam 195 diplomas e certificados emitidos em vários Estados, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão, para pessoas de diversas cidades do Brasil, principalmente de Mato Grosso.





Fonte: Só Notícias

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