PF indicia doze funcionários de construtoras e suposto lobista do PMDB Entre os indiciados está o engenheiro José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS
A PF (Polícia Federal) indiciou na segunda-feira (8), doze funcionários de construtora envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras.
Entre eles, o presidente da OAS, o engenheiro José Aldemário Pinheiro Filho, suspeito dos crimes de fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Além do presidente, foram indiciados o engenheiro civil Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS; Mateus Coutinho Sá Oliveira, diretor financeiro da empreiteira; o engenheiro civil Pedro Morollo Junior; o advogado Alexandre Portela Barbosa; e o administrador de empresas José Ricardo Nogueira. Os indiciamentos foram feitos pela delegada Erika Mialik Marena.
Segundo a delegada, são 13 pessoas indiciadas no total. Também estão na lista o vice-presidente da Mendes Junior, Sérgio Cunha Mendes, e ex-presidente da Queiroz Galvão, Idelfonso Colarel Filho. A expectativa é que o MPF (Ministério Público Federal) apresente as denúncias contra os executivos na próxima quarta-feira (10).
Somados, os crimes pelos quais os funcionários da OAS foram indiciados preveem penas máximas de 31 anos de reclusão, além do pagamento de multa.
Também foi indiciado o empresário Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB nas investigações da operação Lava Jato, que investiga irregularidades nos negócios entre empreiteiras e a Petrobras. Baiano é suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
O mero indiciamento não significa que os envolvidos sejam culpados, mas mostra que a polícia acredita que há indícios suficientes para denunciar e processar as pessoas. A apresentação de uma denúncia cabe ao MP (Ministério Público), que pode acompanhar ou não as conclusões do inquérito policial.
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