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Policia MT
Quarta - 10 de Dezembro de 2014 às 12:32

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O produtor rural Élio Faquinello, um dos foragidos da operação “Terra Prometida”, se apresentou na Superintendência da Polícia Federal, em Cuiabá. Ele é apontado como um dos envolvidos na ameaça feita ao delegado da PF, Hércules Ferreira Sodré, o juiz federal de Diamantino, Fábio Fiorenza e a procuradora da República, Ludmila Bortoleto Monteiro, no último fim de semana.

Faquinello compareceu na polícia, na última segunda-feira, passou mal durante depoimento e foi encaminhado para uma unidade de saúde da capital, onde permanece internado. A operação foi deflagrada no dia 27 de novembro, após quatro anos de investigação, para desarticular um grupo acusado de comprar e vender ilegalmente terras do Projeto de Assentamento Itanhangá (região Norte), com mais de mil lotes, com 100 hectares cada. Cerca de 90% da área está nas mãos de 80 produtores rurais.

Ao todo, foram expedidos 52 mandados de prisão pelo juiz federal. Inicialmente, 34 foram cumpridos. No dia 3 de dezembro, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) concedeu habeas corpus aos presos. O benefício não foi estendido aos 18 foragidos. Desde então, cinco procurados pela PF se apresentaram e outros 13 ainda são procurados pela Polícia.

Um dia após a soltura dos acusados, três testemunhas e colaboradores da Polícia Federal foram ameaçados. No sábado, o delegado Sodré recebeu uma ligação intimidatória no telefone particular. No telefone, um homem ameaçou ainda Fiorenza e Ludmila. Levantamentos iniciais apontam que a ligação partiu de um telefone público de Itanhangá e foi feita por um rapaz que estava em uma motocicleta.

Logo após ser ameaçado, o delegado ligou para o número de contato e foi informado que tratava-se de um “orelhão”, onde um homem havia ocupado a poucos minutos. Diante da situação, a Superintendência da PF instaurou inquérito para investigar as ameaças de morte sofridas pelas testemunhas, delegado, juiz e procuradora.

Para a procuradora da República e delegado, as ameaças demonstram o poder da organização criminosa. “Não estamos intimidados. As ameaças reforçam os nossos argumentos sobre a periculosidade da organização criminosa e demonstram que a investigação está no caminho certo. Daremos seguimento à investigação com a mesma dedicação aplicada desde o início dos trabalhos”, descreve nota do MPF.

Outro lado – a reportagem tentou contato com o advogado Fernando Henrique Nogueira, que defende Faquinello, mas o representante estava em Brasília na tarde de ontem. No escritório, a pessoa que atendeu a ligação não tinha autorização para passar o número do celular do advogado.





Fonte: A Gazeta

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