Índice europeu tem maior queda semanal em três anos FTSEurofirst 300, que reúne papeis do continente, caiu 5,9% na semana. Petróleo tipo Brent caiu para o menor patamar desde julho de 2009.
O dólar fechou em alta, a R$ 2,65, mas longe das máximas da sessão, impulsionado por diversos fatores econômicos e até políticos, como apreensão dos investidores diante da queda dos preços do petróleo e o futuro do programa de intervenções do Banco Central no câmbio.
A moeda americana avançou 0,14%, a R$ 2,6512, após alcançar R$ 2,6785 na máxima da sessão. Trata-se do maior nível de fechamento desde 1º de abril de 2005 (R$ 2,660). Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 5,31 bilhões).
Na semana, a divisa acumulou alta de 2,23%.
"Você tem muitas interrogações no mundo e muitas interrogações no Brasil. Isso tudo preocupa o investidor e o deixa com pé atrás para investir aqui", disse Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista.
No cenário externo, a derrocada dos preços do petróleo às mínimas em mais de cinco anos tem alimentado a aversão ao risco, diante do cenário de menor atividade global.
Soma-se a isso a expectativa de que o Federal Reserve, banco central americano, elevará sua taxa básica de juros no ano que vem, o que deve atrair para a maior economia do mundo capitais aplicados em outros mercados, como o brasileiro.
Tensão com o BC
Internamente, crescia a tensão em relação à possibilidade de o BC brasileiro diminuir sua atuação no câmbio no ano que vem. Atualmente, ela é feita por ofertas diárias de até 4 mil swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares, e está marcada para durar até o fim deste ano.
O presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, tem dito que o atual estoque de swaps já dá conta da demanda por proteção cambial.
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