Garantia de renda aos cotonicultures é prioridade de presidente da Ampa Gustavo Piccoli tomou posse nesta quinta-feira (11), em Cuiabá (MT). Aumento do preço mínimo é uma das demandas do setor.
Fazer com que o produtor se algodão se mantenha na atividade garantindo renda para seu negócio é o prioridade do presidente eleito da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Gustavo Piccoli, na gestão 2015/2016. A solenidade de posse ocorreu na quinta-feira (11) em Cuiabá (MT).
“Hoje a cotonicultura está dando prejuízo. Os custos de produção são maiores que a receita. O que vamos tentar fazer nessa gestão é buscar mecanismos para tentar fazer com que pelo menos o produtor não tenha prejuízo, que consigamos preços mínimos e garantia de uma produção razoável no campo”, afirma.
Para atingir esse objetivo, o presidente pretende dar continuidade às ações da gestão do presidente anterior, de Milton Garbúgio, e nos próximos dois anos inaugurar centros de treinamento no interior do estado para melhorar a capacitação técnica dos colaboradores para viabilizar a cultura do algodão em Mato Grosso. “Continuarmos investindo em tecnologia e gestão de pessoas para que possamos ter melhor renda no campo.”
Piccoli, que é produtor em Sorriso, região Médio-norte de Mato Grosso, também destaca que em sua gestão os investimentos em pesquisa em prol de melhores resultados no campo, como o controle de pragas como o bicudo do algodoeiro, continuarão.
Sobre os baixos preços que a arroba do algodão vem alcançando no mercado internacional, o novo presidente destaca que o cenário para o próximo ano ainda é baixista e, por isso a necessidade de reivindicar um preço mínimo que cubra o custo de produção do cotonicultor. “Mas temos que fazer o dever de casa, fazer um custo mais enxuto possível e torcer para que algo de diferente aconteça no decorrer da safra para que consigamos nos manter na atividade com menos custo de produção”, ressalta.
Com relação à logística, Piccoli lembra que esse é um assunto que não sai de pauta e que o setor pretende cobrar por melhorias. “Temos tratado isso sempre e vamos continuar cobrando o Governo Federal para que sejam feitos investimentos nessa área, porque isso é um dos gargalos do nosso negócio”, diz.
Para a produção de algodão, a Ampa estima que haja uma redução de 10% a 12% em área nesta safra em Mato Grosso, quando o estado deve ser responsável por 57% da produção da fibra, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a maioria algodão safrinha.
O acompanhamento da redução da área e de produção depende ainda do comportamento do clima, segundo o presidente. “Tivemos um problema de clima na implantação da cultura da soja e isso reflete no plantio do algodão. Tem um grande percentual de algodão que se planta em Mato Grosso que é algodão de segunda safra. Para este algodão, a janela [de plantio] ficou muito estreita e para isso essa redução de área em torno de 12%.”
O Ministro da Agricultura, Neri Geller, o governador eleito, Pedro Taques, e o vice Carlos Fávaro também participaram da cerimônia.
A nova diretoria da Ampa para o biênio 2015/16 é integrada por: Nélson José Vígolo (vice-presidente), Alexandre De Marco (1º tesoureiro), Celso Griesang (2º tesoureiro), Paulo Aguiar (1º secretário), Sérgio Introvini (2º secretário), Rafael Bortoli (presidente do Núcleo Regional Sul), Romeu Froelich (presidente do Núcleo Regional Centro Leste), Alexandre Schenkel (presidente do Núcleo Regional Centro), Orcival Guimarães (presidente do Núcleos Regionais Norte e Centro Norte), Valdir Jacobowski (presidente do Núcleo Regional Médio Norte), e Guilherme Scheffer (presidente do Núcleo Regional Noroeste).
O Conselho Fiscal passa a ter como membros titulares Ernesto Martelli, Arilton Riedi e Clóvis Cortezia, ficando como suplentes Alessandro Polato, João André Guerreiro e Cleto Webler. O Conselho Consultivo da Ampa é composto pelos ex-presidentes Milton Garbugio, João Luiz Pessa, Sérgio De Marco, Gilson Pinesso e Carlos Ernesto Augustin.
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