Em clima de réveillon, Ludmilla comemora 2014: 'Vivo um sonho' Durante ensaio de moda do EGO, funkeira fala de seus planos para 2015: 'Investir na carreira internacional e fazer mais uma plástica no nariz'.
Dona de um dos maiores sucessos musicais de 2014, a cantora Mc Ludmilla quer mais em 2015. Aos 19 anos, a moradora de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, faz planos para o ano novo que se aproxima. Ao EGO, a funkeira faz um balanço sobre os últimos 12 meses de sua vida. Fala de suas vaidades, fama, família, fé, ostentação e réveillon, tema desteensaio de moda que aconteceu em Copacabana, Zona Sul do Rio, palco da festa mais famosa do Brasil, e onde a cantora sonha em cantar. Na lista de desejos, ela mira a carreira internacional. Mas, ao mesmo tempo, não esconde de ninguém que pretende cuidar do corpo.Foi em 2014 que Ludmilla lançou seu primeiro CD e emplacou o hit “É hoje” na trilha sonora na novela Império. “Foi um ano de muitas realizações e aprendizado. Não imaginei que isso tudo fosse acontecer, estou feliz e realizada”, diz ela: “Ver minhas músicas entre as mais tocadas e os ingressos esgotados dos shows são a realização de um sonho. Hoje, vivo um grande sonho”.
Planos para 2015
Conviver com pessoas famosas também fez Ludmilla querer expandir os horizontes. Um dos planos para 2015 é investir na carreira internacional. E o primeiro passo já foi dado. “Comecei a estudar inglês. Não quero mais ficar perdida nas conversas”, conta a funkeira, que já tem shows agendados na Europa para o começo do ano. “Vou me apresentar em quatro cidades da Inglaterra”, comemora.
Ano novo, roupa nova
Para a festa de réveillon, Ludmilla conta que não podem faltar roupas novas na cor branca, com direito a muito brilho, como as usadas neste ensaio de moda. “Acredito que ajuda para trazer sorte e alegria para o ano que vai chegar”, diz ela, que posou no hotel Olinda, com salto alto nos pés e looks cheios de pedras, bordados e dourado. Apesar do modelito especial para a festa, a cantora não costuma seguir nenhum ritual como comer uvas, pular as sete ondinhas ou jogar flores no mar: “Não faço nada disso. Apenas faço festa em casa para comemorar. E a regra é ter bom humor”
Champanhe
Histórias divertidas não faltam na vida da funkeira. Aos risos, Ludmilla lembra de quando achou que champanhe era guaraná. “Era véspera de ano novo e eu estava brincando de pique-esconde com meus amigos. Durante a brincadeira, vi uma garrafa e bebi tudo. Achei que era guaraná, mas na verdade era champanhe (risos)”, relembra a cantora, que na época tinha 6 anos de idade. “Como estava escondida debaixo da cama, acabei dormindo. Horas depois acordei e fui para a sala. Geral estava com cara de desespero e minha mãe ficou maluca atrás de mim, achando que eu tinha sumido. Ela até chegou a ir na polícia”, diverte-se.
Ludmilla
Vaidade
A ex-MC Beyoncé admite que o desejo de fazer uma plástica no nariz está entre seus projetos de 2015: "Já fiz uma, mas meu nariz continua grande. Quando a minha agenda ficar boa, eu faço". O que mais ela gostaria de mudar no corpo? “Deixaria minha perna e barriga saradas. Mas não botaria silicone", conta ela, que também vai começar a fazer dieta assim que o ano começar. “Quero ficar magra e definida, com um corpo igual ao da Sabrina Sato. Então, vou ter que malhar e equilibrar a alimentação. Mas nada de dieta maluca”, conta Ludmilla, fã de churrasco, bife rolê e macarrão.
No visual, ela não abre mão do cabelo loiro e do megahair, inspirado na cantora americana Beyoncé: “Gosto de deixá-lo sempre loiro. Pode ser liso, cacheado, ondulado, preso e com lenço”.
Bem resolvida
Apesar de estar oficialmente solteira, Ludmilla não deixa de dar dicas para os candidatos ao cargo de seu futuro namorado. “Tem que ser bonito, extrovertido e legal. Ele tem que gostar de sair e ser simpático com meus amigos e com a minha família”, avisa ela, que tem 1,90m de altura e 70kg: “Mas não existe príncipe encantado e ninguém é perfeito”.
Como toda mulher, ela também tem seus sonhos pessoais. “Quero ter uma filha pretinha de cabelo cacheado. Mas isso, de casar e ter família é coisa bem mais para frente”, explica. Para quem entrar em sua vida ela alerta: não dá mole para traição. “Não dá para perdoar. Se traiu, acabo e viro a página” afirma. “Já me falaram que sou grossa, mas me acho prática. Apenas gosto de simplificar as coisas”.
Fama e popularidade
Com a fama recente, Ludmilla ainda não está acostumada com o assédio dos fãs. “É tudo muito novo para mim. Às vezes, assusta um pouco, porque alguns chegam querendo um pedaço do cabelo, da roupa e até das minhaunhas postiças”, conta, aos risos. Mas, no fundo, ela acho tudo isso “muito bonitinho”, como define. “É um jeito de demonstrar carinho, né?”, comenta ela, que faria o mesmo se encontrasse a cantora americana Beyoncé: “É claro que iria fazer o mesmo. Também ia querer alguma coisa dela”.
Ludmilla garante que nada mudou após a fama e que não existe a menor hipótese de o sucesso subir à cabeça. "É a mesma patotinha de sempre. Tenho os mesmos 20 amigos do colégio e de infância. Comprei uma casa nova, mas até agora não vi necessidade de sair de Caxias", diz.
Ludmilla
Fé e família
Ludmilla conta que agradecer “todos os dias e noites a Deus” pelas alegrias que vem vivendo faz parte de sua rotina. “Tem muito tempo que não vou à missa ou à igreja. Mas converso com Deus sempre e agradeço por tudo que tem acontecido na minha vida. É uma força para mim”, conta ela, que onde quer que vá está na companhia da mãe, Silvana, ou do tio China.
Aliás, foi por causa da família que ela passou a gostar de música. Ludmilla lembra que cantar começou como brincadeira. “Minha mãe e meu padrasto sempre me levavam no pagode da Quadra do Marmita, em Caxias. Como eu já cantava no chuveiro, eles me botaram para cantar lá. Como o pessoal foi curtindo, fui cantando”, lembra. Na época, ela tinha 8 anos e interpretava sucessos de Alcione, Maria Rita e Belo: “Cheguei a participar do coral do escola (no Colégio Estadual Duque de Caxias), mas como não era muito dedicada, acabei saindo”.
O começo da carreira, lembra Ludmilla, não foi nada fácil. A mãe não apoiava muito a ideia. “Ela só mandava estudar e pedia para eu parar de querer ser a Beyoncé. Depois viu que não ia ter muito jeito e veio comigo. Hoje, me ajuda muito. Escolhe as minhas roupas, faz o meu cabelo e as minhas unhas”, explica a irmã mais velha de Luane, de 16 anos, e de Yuri, 8. Sua relação com os irmãos é boa, mas Ludmilla garante que eles não ligam muito para música. “Minha irmã é do tipo estudiosa. Já meu irmão só pensa em brincar, comer açaí e jogar videogame”.
Tatuagens
Como toda jovem, Ludmilla conta que leva bronca constantemente da mãe: “Ela não gosta que eu faça tatuagens. Mas acho bonito e até agora tenho várias. A primeira foi feita no braço. Até coloquei o nome da minha família e o desenho de notas musicais para ela ficar feliz e não brigar. Mas mesmo assim, ela não aliviou”.
Os desenhos pelo corpo são homenagens. Ela cita a do pescoço, as palavras rebelle fleur (flor rebelde, em francês). “É igualzinha a da Rihanna”, explica. Na cintura, Ludmilla escreveu o título de uma música de Beyoncé, "Best thing I never had". Na costela, o desenho de um raio porque "achou bonito". No dedo, o símbolo do infinito, para estar sempre conectada aos amigos de infância, além do desenho de diamante em outra parte do corpo.
Moda ostentação
Apesar de circular com vestidos avaliados em R$ 120 mil, Ludmilla é bem básica no dia a dia. “Como viajo muito por causa dos shows, não rola de usar vestidinhos. Tem que ser algo bem prático e confortável. Ando muito cansada por causa da agenda cheia de shows e, quando encosto em um banco, já durmo. Não dá para ficar me preocupando se alguma coisa vai aparecer”, diz ela, que chega a fazer dez apresentações por semana.
Fã de óculos escuros e botas, Lud, como é chamada por seu staff, diz que tem muita coisa cara no armário. “Minha última compra foram óculos escuros de R$ 1,2 mil, da Carmen Steffens. Só de botas, devo ter mais de 40. Tenho de todos os tipos, com salto, sem salto, coloridas e de couro’’, lista.
Funkeiras amigas
Segundo Ludmilla, há uma diferença entre o funk carioca e paulista. “Em São Paulo, é mais ostentação. No Rio, é mais ousadia. O jeito de dançar muda muito. Lá, a pessoa fica com o dedinho para o alto. Aqui, a mulherada balança a bunda e os peitos”, aponta a cantora, que é amiga de Valesca Popozuda e Anitta. “As mulheres estão com tudo e tem espaço para outras funkeiras. O sol brilha para todas e eu me dou bem com todas”, garante. Para o futuro, faz planos: “Ainda não deu para ganhar muito dinheiro com a música, mas quero cantar até ficar velhinha”.
Produção de moda: Tracy Rato / Cabelo e maquiagem: Duh Nunes / Agradecimento: Hotel Olinda Copacabana / Equipe EGO Moda e Beleza: Eduardo Vallim (editor-chefe), Ana Paula Andrade (editora), Cristiane Rodrigues (repórter), Victor Hugo Camara (repórter) e Marcos Serra Lima (fotógrafo).
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