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Quinta - 18 de Dezembro de 2014 às 13:35

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Tony Ribeiro/MidiaNews
Delegado da Defaz, Carlos Cunha diz que outras oito gráficas ainda serão investigadas
Delegado da Defaz, Carlos Cunha diz que outras oito gráficas ainda serão investigadas

O delegado Carlos Cunha, titular da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Fazendária (Defaz), afirmou que, além das gráficas Print, Defanti e JR Gusmão, outras oito empresas do setor também estão sendo investigadas.

As gráficas são vencedoras de uma licitação do Governo do Estado, e suspeitas de participação em um esquema de lavagem de dinheiro público, alvo da Operação Edição Extra, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18).

“O objetivo da licitação é apurar a melhor proposta, aquela que seja mais benéfica à administração pública. No entanto, existia um conluio entre os proponentes. Eles estabeleciam valores mínimos e mesmo esses valores estavam muito além dos realmente praticados no mercado. São propostas superfaturadas”, explicou o delegado.

As investigações tiveram início em 2013, com foco no pregão presencial de nº 093/2011, realizado pela Secretaria de Estado de Administração, e o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 40 milhões.

"Existia um conluio entre os proponentes. Eles estabeleciam valores mínimos e mesmo esses valores estão muito além dos realmente praticados no mercado. São propostas superfaturadas" “Infelizmente, o procedimento aparentemente é legal. Cada empresa participou e ofereceu suas propostas, mas, quando a gente analisa os valores ofertados e os valores de mercado, vê que houve superfaturamento de todas as propostas e que as empresas estavam todas mancomunadas nesse sentido. Ninguém apresentou um valor realmente adequado à realidade dos praticados à época”, completou Cunha.

O delegado reiterou que a delação premiada de um dos donos de uma gráfica que participou do pregão foi fundamental para o início das investigações, bem como para a deflagração da operação.

Segundo Cunha, o delator contou em detalhes como funcionava o suposto esquema, quem eram seus operadores e os beneficiados com o dinheiro desviado.

“A denúncia desse empresário foi feita ao Ministério Público. O empresário, inicialmente, participou das reuniões desse conluio entre as empresas e forneceu informações de como se dava a fraude nesse contrato específico”, afirmou o delegado.

“Estamos em um processo apuratório, todos os proprietários de gráficas que participaram do pregão serão ouvidos para prestar depoimentos”, completou

Outras fraudes

Além das fraudes para realização do pregão para contratação de serviços gráficos para o Estado, a Delegacia Fazendária ainda apura se os serviços contratados realmente foram fornecidos.

“Agora, também começamos a apurar, além dos valores superfaturados, se houve outras fraudes. Temos que investigar, por exemplo, se houve o fornecimento da mercadoria em menor quantidade do que realmente foi contratado, ou se a qualidade foi inferior ao previsto em contratado e até mesmo se o produto realmente foi fornecido”,disse o delegado Carlos Cunha.

Segundo ele, formalmente, existe a entrada de notas fiscais, mas é preciso verificar se realmente as mercadorias foram fornecidas do Estado.





Fonte: Mídia News

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