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Internacional
Quinta - 18 de Dezembro de 2014 às 15:23

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O menino, identificado com o pseudônimo de Kunkun, nascido em 2006, contraiu o vírus durante a gravidez e sua mãe desapareceu após o parto.

O menino foi diagnosticado soropositivo em 2011. Então quem desapareceu foi o pai, deixando o menino aos cuidados de um dos avós.

Mas, ao que parece, até o avô está entre os 200 signatários do vilarejo de Shufangya, na província de Sichuan (sudoeste), que pedem a expulsão da criança para "proteger a saúde" dos habitantes, informa o jornal Global Times.

Depois de ser diagnosticado, Kunkun foi proibido de frequentar a escola e os moradores do vilarejo fogem da criança. Na China, os soropositivos sofrem um grande preconceito.

"Ninguém brinca comigo, faço tudo sozinho", declarou a criança, segundo o site people.com.cn, que pertence ao estatal Diário do Povo.

No pedido dos moradores, o menino é chamado de "bomba relógio".

"Ele é inocente, não é mais que um menino", afirmou o diretor do Partido Comunista na localidade, Wang Yishu.

"Mas o HIV e a Aids nos provocam medo", tenta justificar Yishu.

O caso de Kunkun é debatido de maneira intensa no Weibo, o equivalente chinês do Twitter, com muitas críticas à falta de compaixão.

"Como pode ser tão ignorado?", questiona um internauta.

"É porque a população chinesa não tem acesso a uma educação suficiente, então a ignorância e o pânico", responde outro.





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