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Saúde
Sexta - 19 de Dezembro de 2014 às 17:01

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Reprodução/Programa Alimentar da ONU
Ebola, quarentena
Ebola, quarentena

A pior epidemia de ebola da história assolou a África em 2014. Foram 6.915 mortes até agora na região ocidental do continente, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde). Libéria, Serra Leoa e Guiné lideram a quantidade de casos, com 7.635, 7.312 e 2.164, respectivamente, e mais de mil mortes em cada um desses países.

Apesar de a maioria dos casos terem acontecido na África, houve registro de pacientes com o vírus, nos Estados Unidos e Espanha. No Brasil, um homem chegou a ser levado do Paraná para o Instituto Fiocruz no Rio de Janeiro, após suspeita, mas exames não constataram a doença.

Em agosto, como a doença e as mortes se espalhavam em ritmo acelerado, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o ebola "emergência internacional de saúde". Com a situação alarmante, além da África Ocidental, diversos países fizeram treinamentos e tomaram medidas preventivas em suas fronteiras para prevenir a doença.

No Brasil, o Ministério da Saúde realizou simulações de atendimento e montou esquema especial para passageiros que chegarem ao País vindos de países com registro de ebola. Essas pessoas passam por uma triagem no aeroporto. No momento do desembarque, são entrevistados para saber se houve contato com pessoas infectadas e passarão por aferimento da temperatura.

Desde o início da epidemia, em março de 2014, diversos profissionais de saúde também foram aos países mais afetados para ajudar no atendimento e no combate ao vírus. De acordo com o Médicos Sem Fronteiras pelo menos 240 profissionais foram infectados com a doença e mais de 120 morreram.

Entenda o vírus ebola

A doença do vírus ebola é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade que pode chegar até os 90%, de acordo com o Ministério da Saúde. A doença afeta os seres humanos e primatas não-humanos (macacos, gorilas e chimpanzés).

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Um estudo divulgado na revista Science em agostou comprovou que o surto do vírus ebola na África começou por causa do contato direto entre uma pessoa e o portador da doença, provavelmente um morcego. A pesquisa foi realizada com dezenas de cientistas do mundo todo, que conseguiram traçar o caminho da doença desde o seu surgimento até os dias atuais. Os pesquisadores analisaram o genoma do vírus em 78 pacientes da Serra Leoa e, com isso, foi possível analisar o padrão de transmissão nas primeiras semanas.

O ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos: um em uma aldeia perto do rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro em uma área remota do Sudão. A origem do vírus é desconhecida, mas os morcegos frugívoros são considerados os hospedeiros prováveis do vírus.

Transmissão

A transmissão do vírus se dá por meio de contato direto com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados. Na África, os surtos provavelmente originam-se quando pessoas têm contato ou manuseiam a carne crua de chimpanzés, gorilas infectados, morcegos, macacos, antílopes florestais e porcos-espinhos encontrados doentes ou mortos ou na floresta.

A infecção ocorre por contato direto com o sangue ou outros fluidos corporais ou secreções (fezes, urina, saliva, sêmen) de pessoas infectadas. A infecção também pode ocorrer se a pele ou membranas mucosas de uma pessoa saudável entrarem em contato com objetos contaminados com fluidos infecciosos de um paciente com Ebola, como roupa suja, roupa de cama ou agulhas usadas.

Cerimônias fúnebres em que os enlutados têm contato direto com o corpo da pessoa morta como é comum em comunidades rurais de alguns países africanos, também podem transmitir o vírus. Após a morte, o corpo deve ser manipulado por pessoas com roupas de proteção e luvas. O corpo deve ser enterrado imediatamente.

Vacina

Em novembro, cientistas divulgaram na revista New England Journal of Medicine que uma vacina experimental contra o vírus ebola produzida pela GlaxoSmithKline não causou efeitos colaterais graves e produziu uma resposta imune em todos os 20 voluntários saudáveis que participaram da fase inicial de um estudo clínico.

A vacina intramuscular foi desenvolvida no NIAID e na Okairos, uma empresa de biotecnologia adquirida pela GlaxoSmithKline. Ela contém material genético de duas cepas do ebola — Zaire, responsável pelo atual surto na África Ocidental, e Sudão —, mas nenhum vírus, por isso não pode causar a doença.





Fonte: Do R7

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