Servidores ameaçam entrar em greve YURI RAMIRES

Sem os serviços de limpeza na sede da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), os servidores do órgão cruzaram os braços na manhã de ontem devido às más condições de trabalho. O lixo acumulado em uma semana exalava odor nos corredores da SES. Cansados, os servidores decidem na próxima semana se entram em greve por tempo indeterminado. 

Conforme o coordenador de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma-MT), Márcio Rios, a situação chegou ao limite após uma semana de paralisação dos funcionários responsáveis pela limpeza do órgão.

Eles, que são terceirizados, estavam sem receber e por isso decidiram suspender as atividades. Os servidores acionaram a Sisma, e realizaram um ato na porta da SES cobrando providências.

“Não tinha condições nenhuma de ficar lá, em meio ao cheiro ruim, lixo acumulado. A situação no prédio chegou ao limite”, disse Márcio ao Diário.

Essa foi à gota d’água para os servidores, que trabalham cerca de 30h diárias. “O prédio da SES não tem mais condições de abrigar os servidores, ambiente insalubre, colocando todos em risco. Fiação elétrica exposta, esgoto aberto, enfim, muitos problemas estruturais”, contou.

Márcio lembra que antes dos serviços de limpeza e segurança serem terceirizados, o cargo era ocupado por servidores. “Não tinha esse problema, hoje depende do repasse do Governo do Estado para as empresas, para depois chegar para os trabalhadores”, explicou.

Para o presidente do Sisma-MT, Oscarlino Alves, o caos é absoluto nas unidades de saúde do Estado e está interferindo diretamente no atendimento ao cidadão.

Por isso, sindicato convocou a categoria para uma assembleia geral, que vai acontecer descentralizada nas principais unidades de Cuiabá e do interior. Na pauta está à falta de infraestrutura para atendimento ao usuário e indicativo de greve.

“Até o serviço de limpeza está precarizada, como prestar atendimento digno a população sem a devida assepsia? Precisamos de uma resposta Urgente do Executivo”, finalizou Oscarlino.