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Terça - 23 de Dezembro de 2014 às 21:52

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Antes de assumir o cargo de técnico da seleção brasileira, Dunga trabalhou como comentarista de uma emissora do Catar durante a Copa do Mundo de 2014. Como analista que ele presenciou a goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre os donos da casa, no Mineirão. E admitiu ter ficado incrédulo com o resultado. Cinco meses depois da partida, o treinador disse que ainda não escutou uma análise que realmente possa explicar o resultado da partida. Mas acredita que houve uma falha na recomposição do time em campo.

- Eu estava comentando para a TV Al Jazeera no Mineirão. Eu tinha que achar argumentos para explicar, porque eles estavam me pressionando também, os árabes queriam saber. Como todos, a gente ficou incrédulo, não estava acreditando no que estava acontecendo (...). Chegou em um momento em que nem nós tínhamos uma explicação, a gente estava incrédulo (...). Eu ouvi um comentário do Parreira interessante, para a gente pensar: "Quando a gente só vê a bola, a gente é cego". Eu não vi nenhuma análise ainda que explique o motivo do 7 a 1 (...). Como a gente começou a tomar os gols, de que forma a gente tomou os gols (...). Mas quem não cobriu? Quem perdeu a bola? Quem não voltou? Quem não recuperou? Eu vi a entrevista do Parreira e a análise da Fifa e falavam de recomposição. Recompor rápido, se não recompor rápido...

Khedira alemanha gol brasil (Foto: Agência Reuters)Khedira comemora o quinto gol da Alemanha diante
de Oscar e Luiz Gustavo
(Foto: Agência Reuters)

Dunga lembrou que o Mundial do Brasil foi exaltado pela quantidade de gols, mas destacou que apenas o Chile jogou com três atacantes. De acordo com o treinador, o conceito de ofensividade precisa ser alterado, com todos os jogadores defendendo e apenas o goleiro fora do sistema ofensivo.

- A gente falou que foi a Copa do Mundo com mais gols, foi um futebol ofensivo, maravilhoso. Eu vou caminhar e começo a pensar: futebol ofensivo, a gente sempre falou em três atacantes, mas só o Chile jogava com três atacantes enfiados. Todas as seleções jogavam 10 metros atrás do meio de campo, marcando. Onde está o ofensivo que todo mundo fala? É a tal da recomposição. Você chega na frente com muita gente. Você não está parado, você não dá referência. A Itália (de 82) jogava com três zagueiros porquê? Porque o Scirea sabia jogar e os outros dois não sabiam. Eles só sabiam marcar. Marcavam os dois atacantes adversários, anulavam os atacantes. Vem sempre um mais inteligente, colocou só um atacante e o outro zagueiro ficou sem função. Então alguém sempre encontra uma forma diferente. E muda o conceito de ataque. Você tem que defender com os 11 e atacar com 10, só fica o goleiro.

Dunga técnico Seleção SporTV (Foto: Divulgação SporTV)Técnico do Brasil, Dunga diz que é preciso mudar o conceito de futebol ofensivo (Foto: Divulgação SporTV)





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