Diretores recuam e hospitais mantêm portas abertas na Capital Ameaça era de suspensão do atendimento em quatro unidades da Capital, a partir desta quarta-feira (24)

Diretores dos quatro hospitais filantrópicos de Cuiabá entraram em acordo com a Prefeitura de Cuiabá e resolveram não fechar as portas nesta quarta-feira (24), para atendimentos de média e alta complexidade, conforme havia sido anunciado na última segunda-feira (22).

Se as unidades fechassem as portas, duas mil pessoas seriam afetadas diariamente, sendo 60 crianças só no Hospital de Câncer.

Segundo o diretor da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, Antônio Preza, ele e os diretores dos hospitais de Câncer, Santa Helena e Geral se reuniram com o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), para negociar a quitação da dívida de R$ 12 milhões, referentes aos pagamentos não feitos pelo Município nos meses de outubro e novembro.

“Esse dinheiro é [para os atendimentos] de alta e média complexidade e é depositado pelo Ministério da Saúde, mas ainda não havia chegado em nossas mãos”, disse Preza.

Nesta quarta-feira (24), Preza afirmou ao MidiaNews que, após conversa com Mendes, foi percebida a existência de um "mal entendido" quanto ao repasse do Município aos quatro hospitais

“Houve um pagamento, mas foi usado para quitar uma dívida de um governo anterior ao do Mauro. Ou seja, não caiu na nossa conta porque houve uma quitação de débito referente a um governo anterior. Agora a próxima verba que cairá na segunda e será depositado aos hospitais de Cuiabá", afirmou Preza.

A reunião entre o prefeito e os diretores dos hospitais aconteceu na tarde de ontem (23) e de imediato o Ministério da Saúde depositou R$ 8,4 milhões, que deve cair na conta dos hospitais na segunda-feira (28). Com isso, um acordo para o não fechamento dos hospitais foi firmado.

“Agora faltam 30% que será depositado ano que vem. Fizemos um acordo com a prefeitura e não vamos fechar. O atendimento continua normal. Quem ganha com isso é a sociedade”, disse Preza.

Na tarde de ontem, durante apresentação do novo secretariado, o prefeito Mauro Mendes já havia dito que iria solucionar o problema perante o Ministério da Saúde.