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Sexta - 26 de Dezembro de 2014 às 07:19

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Mato Grosso tem, atualmente, mais de seis mil mandados de prisão em aberto. Ou seja, mais de seis mil pessoas estão foragidas no estado. A falta de efetivo da polícia e até mesmo de vagas nos presídios contribuem para a impunidade. Para diminuir o problema, novas unidades prisionais devem ser construídas no próximo ano. Uma mulher que não quer se identificar perdeu o filho em 2011. Ele foi assassinado a tiros quando tentou separar uma briga que aconteceu em um bar no bairro onde morava. Ela reclama que o assassino está foragido da Justiça. “Gostaria de vê-lo preso porque eu peço justiça pela vida do meu filho que ele tirou. A gente confia na polícia, confia na justiça, mas a justiça é muito lenta”, disse a mãe.

Este caso ilustra uma realidade em Mato Grosso: mais de seis mil pessoas estão foragidas da Justiça. Os mandados, que são expedidos pelo poder judiciário devem ser cumpridos pela Polícia Civil. Também cabe à Polinter, divisão da polícia responsável por cumprir mandados de prisão e é o órgão de ligação entre as polícias de todo os estados, colocar os nomes em um sistema para que todos os servidores que trabalham com a segurança pública possam ter acesso às informações.

Segundo este delegado, a falta de efetivo seria um dos motivos para este alto índice. “Estamos com concurso em andamento, irão ingressar 600 pessoas na atividade de Polícia Judiciaria Civil e, dentro do plano de gestão da policia civil, o efetivo da Polinter será reforçado”, afirmou Marcos Veloso.

Mas e se a polícia conseguisse cumprir todos esses mandados de prisão? Será que os presídios teriam espaço para todas essas pessoas? De acordo com a Secretaria de Justiça do estado, a super lotação das penitenciárias é um problema em todo o país.

“Nós temos no Brasil perto de 540 mil presos e 300 mil vagas. Mato Grosso é um dos únicos estados da federação onde esse número está reduzindo Tínhamos em 2012 mais ou menos 12 mil reeducandos. Hoje, estamos com 9.100, 9.200. Esse número oscila muito”, disse Clarindo Alves de Castro, secretário adjunto de Administração Penitenciária.

O secretário adjunto afirma também que novas unidades estão sendo construídas para diminuir este déficit de vagas. As obras devem ser iniciadas em janeiro e o prazo para execução é de um ano.

“Inauguramos em Juína, geramos quase 200 vagas. E foi dada a ordem de serviço para construção de mais duas unidade grandes em Várzea Grande, que vão gerar mais 1008 vagas”, disse Castro.





Fonte: Do G1 MT

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