Com histórico de polêmicas, Pinheiro assume a Prefeitura Imagem do petebista sofreu desgaste pela venda da Sanecap na ocasião em que assumiu interinamente o Alencastro
Ao longo dos próximos 22 dias, a Prefeitura de Cuiabá será comandada, interinamente, pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Pinheiro (PTB).
O parlamentar irá substituir, a partir desta segunda-feira (29), o prefeito Mauro Mendes (PSB), que estará em férias nesse período.
Pinheiro assume a função porque o município não possui vice-prefeito, uma vez que o deputado estadual João Malheiros (PR) renunciou ao cargo após a eleição de 2012, optando por permanecer na Assembleia Legislativa.
Durante a gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB), Pinheiro assumiu o Executivo Municipal em duas ocasiões.
"Não vamos fazer nada que deixe a população cuiabana preocupada. Daremos sequência às ações já iniciadas pelo prefeito Mauro Mendes e vamos cuidar de Cuiabá como um todo" Uma de suas passagens, em 2011, foi extremamente polêmica e criticada, já que, na ocasião, o vereador aprovou a concessão dos serviços de água e esgoto, então sob responsabilidade da Sanecap, para a CAB Cuiabá.
Desta vez, Pinheiro promete uma passagem tranquila pelo Alencastro. Ele disse, por meio da assessoria, que a responsabilidade do cargo é grande, mas acredita que não terá dificuldades.
“Não vamos fazer nada que deixe a população cuiabana preocupada. Daremos sequência às ações já iniciadas pelo prefeito Mauro Mendes e vamos cuidar de Cuiabá como um todo”, disse.
O vice-presidente Onofre Júnior (PSB) assume interinamente o comando da Câmara Municipal.
Reforma administrativa
O prefeito em exercício terá pela frente a missão de dar posse aos novos secretários municipais, anunciados por Mauro Mendes na última semana.
“Essa reforma foi aprovada por todos nós, vereadores, e também não teremos qualquer dificuldade, já que vinha sendo estudada pela Câmara desde o início com o prefeito Mauro Mendes”, disse Pinheiro.
Afastamento
Além do retrospecto polêmico à frente do Executivo, Júlio Pinheiro também figura como réu em uma ação proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Ele é acusado de ter encaminhou três projetos de leis municipais ao Poder Executivo, para sanção, sem que os mesmos tivessem sido votados em plenário.
O MPE pediu à Justiça o afastamento de Pinheiro da presidência da Câmara e ele irá responder a uma ação por ato de improbidade administrativa. Além isso, terá que pagar uma indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 1 milhão.
O promotor de Justiça Gilberto Gomes requereu, ainda, que Pinheiro seja impedido de assumir, novamente, a função de presidente, caso seja reeleito nas próximas legislaturas.
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