Do PMDB, prefeito critica Governo Silval e coloca esperança em Taques

Mesmo sendo do mesmo partido do governador Silval Barbosa (PMDB), o prefeito de Alta Floresta (a 800 km de Cuiabá) Asiel Bezerra critica a gestão do atual Governo. Atrasos nos repasses dos recursos da saúde e a falta de investimentos voltados à infraestrutura, segundo ele, foram sentidos pelo município. “Tivemos uma boa relação, mas recurso que é bom, nada”, lamenta.

Diante disso, Asiel revela que quase não conseguiu investir em obras na cidade, uma vez que o orçamento, em torno de R$ 100 milhões ao ano, ficou praticamente restrito às despesas da folha de pagamento. O cenário ainda foi agravado frente ao crescimento exponencial do município nos últimos três anos, diante da construção de cinco usinas hidrelétricas na região. “O Censo de 2010 aponta 49 mil habitantes, mas temos hoje uma população de 70 mil”.

Para os próximos dois anos, o peemedebista aposta no cumprimento das promessas do próximo Governo sob o comando do diplomado Pedro Taques (PDT). “Não acredito que haverá revanchismo partidário. Ele me disse pessoalmente: passou eleição, acabou palanque. Vai administrar pelo Estado”.

Já em 2015, Asiel espera contar com a parceria da administração estadual especialmente na manutenção das rodovias estaduais que cortam a cidade, usadas principalmente para escoamento da produção agropecuária e madeireira. “Temos só 50% das ruas pavimentadas, além das estradas que passam pelo município”. Conforme o prefeito, segundo a última pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), as BRs 364 e 163 e a MT 320, que ligam Cuiabá a Alta Floresta, estão entre os sete piores trechos rodoviários do Brasil, amparada em três diretrizes, sendo pavimento, sinalização e geometria viária.

Paranatinga

Em seu terceiro mandato, o prefeito de Paranatinga (a 370 km da Capital), Vilson Pires (PRP), também lamenta a ausência de investimentos do Governo no município em relação, principalmente, aos repasses da saúde e investimentos em logística e infraestrutura. “Apoiamos o governador Silval Barbosa e ele nos deixou vendo estrelas. Uma decepção”.

A cidade é considerada o maior município de Mato Grosso em extensão territorial com 24,2 mil km² e o segundo maior produtor de soja do Brasil. “Temos 1,5 mil km de estradas do Estado e 4,6 mil km de rodovias municipais. Com um orçamento anual em torno de R$ 54 milhões fica difícil investir em obras. Por isso, Taques é a nossa esperança”.