Alini Gama de Oliveira foi morta a tiros no Espírito
Santo (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
A Polícia Civil solicitou ajuda do Corpo de Bombeiros para localizar a arma utilizada no assassinato da dançarina e modelo Alini Gama, 21 anos, morta na manhã da última sexta-feira (21), em Campo Grande, Cariacica, na Grande Vitória. Segundo a polícia, o suspeito de cometer o crime, o caminhoneiro David Correia, disse que jogou a arma no Rio Formate, em Cariacica. Correia está preso desde a noite do crime. O suspeito contou em depoimento que matou a dançarina depois que ela venceu a namorada dele em uma seleção para participar da gravação do DVD de uma banda de forró, segundo informou a Polícia Civil. O corpo de Alini Gama foi sepultado na tarde de sábado, em Itaenga, Cariacica.
Na manhã de sábado (22), Correia foi levado por policiais até o rio para mostrar onde ele teria arremessado a arma, porém, nada foi encontrado. A namorada do suspeito, que disputou a vaga para o trabalho com Alini, deve prestar novo depoimento nesta segunda-feira (24). David foi preso em flagrante, menos de 24 horas depois do crime, pelos policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPM). O delegado titular da DHPM, Adroaldo Lopes, disse que precisa ouvir novamente a namorada de David para tirar algumas dúvidas. "Precisamos ter certeza que ela não tinha conhecimento sobre a emboscada armada pelo namorado", disse o delegado.
Segundo a polícia, Correia disse que a namorada dele ficou muito decepcionada ao perder a competição para Alini e que teria entrado em depressão por isso. A gravação do DVD de forró aconteceria durante um show em São Mateus, no Nordeste do Espírito Santo, no último sábado (22) e Correia tinha a esperança de que com a morte de Alini a namorada fosse substituí-la, segundo informou o delegado Adroaldo Lopes.
Entenda o caso
David Corrêia foi localizado pela polícia e preso na noite de sexta-feira. A namorada de Dvid também foi conduzida para a DHPM e prestou depoimento. Segundo a polícia, ela alegou que não sabia dos planos do namorado e foi liberada. “Inicialmente, ela desconhecia os planos dele, mas temos ainda 10 dias para enviar o inquérito à Justiça e nesse tempo vamos averiguar se realmente era isso”, disse Lopes.
Segundo a polícia, o caminhoneiro contou que acreditava que a vítima não tivesse morrido e, após o crime, jogou a arma dentro de um córrego, no mesmo município. Os policiais apreenderam uma moto vermelha que teria sido usada pelo suspeito para cometer o assassinato.
O delegado disse que rastreou as ligações que David fez para a dançarina. “Ele entrou na página dela em uma rede social e pegou os contatos. Ligou e disse que queria marcar um show”, explicou. O caminhoneiro foi encontrado pela polícia na casa da namorada, em Cariacica. Ele foi levado para o Centro de Triagem de Viana, na região metropolitana do estado.
De acordo com a polícia, Alini foi morta em uma emboscada, por volta das 9h desta sexta-feira (21), no pátio de um hotel, em Campo Grande, Cariacica. Segundo testemunhas, a dançarina havia saído de casa para tratar de um contrato de trabalho. Um dias antes, ela foi procurada por telefone, por um homem que dizia querer contratá-la. Ele marcou um encontro com a jovem mas na verdade era uma emboscada para matá-la.
Ainda segundo Adroaldo Lopes, ao chegar no ponto marcado, Alini atendeu uma ligação e quatro minutos depois foi morta. O assassino estava em uma moto e atirou duas vezes contra a jovem, que foi atingida pelas costas. A dançarina foi levada para um hospital particular no mesmo município, mas não resistiu e morreu.
A moto usada no crime foi apreendida pelos policiais civis. David contou à polícia que jogou a arma usada no assassinato da jovem dentro do Rio Formate, em Cariacica. Durante a manhã deste sábado (22), o suspeito foi levado por policiais e pelo o delegado Adroaldo Lopes até o local onde teria jogado a arma, mas o revólver não foi encontrado. O caminhoneiro possui duas passagens na polícia pelos crime de porte ilegal de arma de fogo e munição.
O delegado contou ainda que David chegou até a dançarina por meio de um site de relacionamento. Lá, ele conheceu como era a fisionomia de Alini e conseguiu o telefone dela na internet. “Expor contatos e informações pessoas nas redes sociais acaba se tornando um perigo. O suspeito disse que encontrou o telefone da dançarina na página do perfil dela, para contatos de trabalho, e foi aí que teve a ideia de usar como isca os contratos de trabalho”, observou Lopes.
A família
Parentes da dançarina ficaram abalados com a morte da jovem. “Nunca imaginava que minha sobrinha tivesse morrido por um motivo tão banal. Não é possível que perder uma oportunidade de trabalho seja motivo para matar alguém. Se a moça não tinha competência para conseguir o contrato naquele momento, que se levantasse e buscasse a vitória. Minha sobrinha não estava tirando nada de ninguém, estava apenas conquistando o espaço dela”, desabafou a tia, Rosa Gama, de 51 anos.
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