Epidemia de ebola pode ser erradicada em 2015, diz representante da ONU Chefe de equipe responsável pelo combate à doença diz que tarefa será difícil, mas número de casos está abaixo do previsto anteriormente.
A epidemia de ebola, que já matou quase 8 mil pessoas, pode ser erradicada ainda em 2015, disse o chefe da equipe da ONU responsável pelo combate à doença.
Segundo Anthony Banbury, que está prestes a deixar o cargo, o número de novos casos deve chegar a zero até o final deste ano, mas admitiu que a tarefa é difícil.
"Estamos em uma batalha épica. Será muito difícil baixar para zero (casos), mas é o que faremos. Acho que eliminaremos o ebola em 2015", disse em entrevista coletiva.
Mas agregou que "as pessoas estão morrendo".
"Temos cerca de 600 casos novos por semana atualmente. Isso é bem abaixo dos 10 mil que prevíamos antes, mas ainda são 600 pessoas sendo infectadas por ebola, e a taxa de mortalidade varia entre 58% e 60% nos três países (mais afetados, que são Serra Leoa, Libéria e Guiné). Isso significa, então, que cerca de 360 pessoas morrem de ebola por semana. Isso é muito sério. É nossa obrigação ter metas ambiciosas para que possamos acabar com essa crise o mais rápido possível."
Infectados
A atual epidemia teve início em dezembro de 2013. No início desta semana, a Organização Mundial de Saúde informou que passou de 20 mil o número de infectados pelo vírus nos três países do oeste africano.
Mais de um terço dos casos estão em Serra Leoa.
Entre os sintomas do ebola estão febre alta, sangramentos e problemas no sistema nervoso central. A doença é transmitida por fluidos corporais, como sangue e saliva.
Até o momento, não há cura definitiva, ainda que estudos recentes com vacinas tenham tido resultados aparentemente promissores. Cuidados como a reidratação de pacientes com diarreia e vômitos pode ajudar na recuperação.
Banbury reconheceu que sua missão de três meses na ONU, que acaba de chegar ao fim, fracassou no objetivo de realizar 100% dos enterros de vítimas do ebola de forma segura (para evitar a contaminação decorrente de cadáveres) e tratar 70% dos infectados.
Mas ele elogiou os esforços internacionais contra a doença.
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