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Saúde
Sábado - 03 de Janeiro de 2015 às 15:32

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Reuters
Profissional de saúde guarda novos pacientes no centro de tratameno de pessoas com ebola da ONG Save the Children em Freetown, Serra Leoa
Profissional de saúde guarda novos pacientes no centro de tratameno de pessoas com ebola da ONG Save the Children em Freetown, Serra Leoa

A epidemia de ebola, que já matou quase 8 mil pessoas, pode ser erradicada ainda em 2015, disse o chefe da equipe da ONU responsável pelo combate à doença.

Segundo Anthony Banbury, que está prestes a deixar o cargo, o número de novos casos deve chegar a zero até o final deste ano, mas admitiu que a tarefa é difícil.

"Estamos em uma batalha épica. Será muito difícil baixar para zero (casos), mas é o que faremos. Acho que eliminaremos o ebola em 2015", disse em entrevista coletiva.

Mas agregou que "as pessoas estão morrendo".

"Temos cerca de 600 casos novos por semana atualmente. Isso é bem abaixo dos 10 mil que prevíamos antes, mas ainda são 600 pessoas sendo infectadas por ebola, e a taxa de mortalidade varia entre 58% e 60% nos três países (mais afetados, que são Serra Leoa, Libéria e Guiné). Isso significa, então, que cerca de 360 pessoas morrem de ebola por semana. Isso é muito sério. É nossa obrigação ter metas ambiciosas para que possamos acabar com essa crise o mais rápido possível."

Infectados
A atual epidemia teve início em dezembro de 2013. No início desta semana, a Organização Mundial de Saúde informou que passou de 20 mil o número de infectados pelo vírus nos três países do oeste africano.

Mais de um terço dos casos estão em Serra Leoa.

Entre os sintomas do ebola estão febre alta, sangramentos e problemas no sistema nervoso central. A doença é transmitida por fluidos corporais, como sangue e saliva.

Até o momento, não há cura definitiva, ainda que estudos recentes com vacinas tenham tido resultados aparentemente promissores. Cuidados como a reidratação de pacientes com diarreia e vômitos pode ajudar na recuperação.

Banbury reconheceu que sua missão de três meses na ONU, que acaba de chegar ao fim, fracassou no objetivo de realizar 100% dos enterros de vítimas do ebola de forma segura (para evitar a contaminação decorrente de cadáveres) e tratar 70% dos infectados.

Mas ele elogiou os esforços internacionais contra a doença.





Fonte: Da BBC

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