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Terça - 06 de Janeiro de 2015 às 17:46

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Presidente da empresa que patrocinou o Fluminense nos últimos 15 anos, Celso Barros se tornou uma figura ativa no futebol do clube e ajudou a montar times fortes que conquistaram títulos importantes. Criou até uma admiração em parte dos torcedores, tanto que uma torcida organizada exibia até o fim da última temporada uma bandeira com o seu rosto.

bandeirão celso barros (Foto: Reprodução FluDigital / Site Oficial)Bandeira em homenagem a Celso barros (Foto: Reprodução FluDigital / Site Oficial)

A homenagem, no entanto, não foi unanimidade dentro da torcida e gerou algumas provocações dos rivais, mais acostumados a exibir nas suas bandeiras imagens de jogadores. Agora, após o fim da parceria com a Unimed, ela sairá das arquibancadas do Maracanã, mas terá um destino nobre: as mãos do próprio homenageado.

- A bandeira será dada de presente ao Celso, ao nosso ver ela é uma homenagem mais do que bem feita. Acreditamos que não só jogadores merecem, mas dirigentes e treinadores. As outras bandeiras que têm escrito Unimed nós vamos manter na arquibancada, não podemos esquecer em um dia uma parceria de 15 anos. O Fluminense era um antes do Celso Barros e foi outro depois dele. Para ele, a Unimed é razão, e Fluminense é paixão. Já ficou doente por causa do clube - afirmou Celso Mendes, presidente da torcida que confeccionou a bandeira.

Na opinião de Celso Mendes, a relação de Barros com o Fluminense sempre extrapolou os acordos comerciais, já que ele é um torcedor fanático do clube. O torcedor lembrou que foram feitas outras homenagens a mais personagens controversos, mas que deram sua contribuição ao clube.

- Fizemos para o Muricy (Ramalho) e até para jogador de basquete (Facundo Sucatsky). Poderíamos ter queimado a do Muricy depois do que ele falou do clube, mas guardamos. A do Fred também, que chamou os torcedores organizados de vagabundos, mas não fizemos nada porque ele é um ídolo. A do Sobis nós entregamos, e ele levou para o México. O Celso é um grande tricolor. Quando o time estava para cair, em 2009, chamou todos os presidentes de torcida para um reunião e disse que tínhamos que acreditar. O vi chorando aquele dia por causa do clube. Não era só uma relação financeira.

Festa fred deco celso barros fluminense taça campeonato brasileiro (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Celso Barros comemora o título brasileiro de 2012 ao lado de Fred, Deco e outros jogadores 

(Foto: André Durão / Globoesporte.com)

A saída do antigo patrocinador criou um clima de muita incerteza no clube e na torcida, que está com temor de perder os principais jogadores, como Conca e Fred. Mesmo assim, o torcedor Celso Mendes entende a posição de Celso Barros de não estar disposto a continuar pagando direito de imagem de alguns atletas.

- Não sabemos o que vai acontecer. Eu, como investidor, também não ia querer continuar a botar meu dinheiro no Fluminense. Colocar R$ 20 milhões com o clube estampando a marca de outra empresa? Como torcedor, claro que ficaria triste se ele tirasse jogadores, mas temos que entender. Mal fez o Fluminense de não se organizar para administrar essa crise. Para mim isso é crise. Eles não se falarem tem alguma coisa errada. Não sabemos se sai o Conca, se sai o Fred...

Por fim, o presidente da torcida disse que nunca recebeu financiamento da Unimed, apenas alegrias depois de muito tempo de sofrimento.

- A Unimed nunca me deu nada como presidente de torcida. Apenas deu suporte para o Fluminense ter grandes jogadores e conquistar títulos. Chegamos no fundo do poço quando caímos, e a empresa nos ajudou. Chegamos na final da Libertadores, Sul-Americana, ganhamos do Boca na Argentina... Nos deram a oportunidade de sonhar de novo. Mas tudo na vida passa, e espero que os dirigentes tenham bom senso e consigam formar um time pelo menos para levarmos 2015 e estarmos fortes em 2016. Quem sabe o próximo patrocinador também não vai querer criar uma relação próxima...

Após a saída da antiga patrocinadora, que chegou a investir de R$ 50 a R$ 70 milhões anuais, o Flu fechou contrato com a Viton 44. A nova parceria vai gerar nesta temporada R$ 14 milhões pela venda do espaço master da camisa, na frente e nas costas.





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