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Policia MT
Quarta - 07 de Janeiro de 2015 às 14:16

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Tony Ribeiro/MidiaNews
Do total, 45 mortes foram registradas apenas no mês de dezembro
Do total, 45 mortes foram registradas apenas no mês de dezembro

O ano de 2014 se encerrou com o título de o mais violento dos últimos dez anos, tendo registrado 471 homicídios na região metropolitana de Cuiabá.

Destes, 45 aconteceram no mês de dezembro, conforme levantamento da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).

Segundo a Polícia Civil, 2014 registrou 115 mais mortes que 2013 (366 casos), ou seja, um aumento de 28,6%, o que alarmou o setor de segurança do Estado.

A maioria dos casos, cerca de 67%, fora cometidos com revólveres, pistolas ou espingardas. Segundo a Polícia, 20% das mortes foram causadas com o uso de arma branca e os outros 13%, com objetos contundentes (pedras, madeiras, martelos).

Números do fim do ano

"Desde 2000 nenhum mês tinha registrado mais de 50 mortes em 30 dias. A partir desse mês [de abril], nós começamos a sentir que o ano seria um dos mais violentos dos últimos tempos"

Só em dezembro, forma registrados 26 assassinatos em Várzea Grande e 19 na Capital. Na Cidade Industrial, estão incluídos três latrocínios (roubo seguido de morte), sendo que esses casos são investigados pela Delegacia de Roubos e Furtos.

Ainda de acordo com levantamentos feito pelo MidiaNews, o mês de novembro foi o mais violento do ano passado, com 53 pessoas executadas, sendo que 27 casos ocorreram na Capital (incluindo um latrocínio) e 26 casos, na Cidade Industrial.

O segundo mês mais violento foi o mês de abril, quando 51 pessoas foram executadas, sendo que esse número superou a média mensal dos últimos 14 anos.

“Desde 2000 nenhum mês tinha registrado mais de 50 mortes em 30 dias. A partir desse mês [de abril], nós começamos a sentir que o ano seria um dos mais violentos dos últimos tempos”, disse o delegado Silas Tadeu Caldeira, titular da DHPP.

Vítimas

Um levantamento feito pela Delegacia de Homicídios aponta que mais de dois terços das vítimas de assassinatos viviam em “potencial situação de homicídio”. Em outras palavras, poderiam ser mortas a qualquer momento.

Na lista, estão usuários de drogas que deram “banho” – compraram drogas e não pagaram ou de uma forma de outra, acabaram se desentendendo com traficantes -, além de ex-presidiários que acabaram morrendo em acerto de contas fora das grades.

A lista se completa com crimes passionais – motivado por paixão – que, na visão dos policiais da DHPP, são os mais difíceis de evitar, pois as vítimas geralmente são mulheres mortas pelos maridos que não aceitam a separação.

Crimes bárbaros

Em fevereiro e outubro aconteceram os crimes que mais chocaram a população cuiabana. No segundo mês do ano ocorreu a chacina do bairro São Matheus, em Várzea Grande.

Naquela ocasião, cinco pessoas morreram e outras três ficaram feridas. O caso ainda não foi solucionado e o inquérito segue no comando da delegada Anaíde Barros, que suspeita de um grupo de extermínio.

“Podem ser justiceiros ou grupo de extermínios. Nada está descartado. Mas o caso ainda segue em sigilo. O que posso adiantar é que não paramos de investigar nunca”, disse a delegada.

Em outubro, no dia 5, duas jovens foram brutalmente assassinadas em Cuiabá. As adolescentes de 14 e 16 anos morreram a golpes de pauladas na cabeça desferidas por um rapaz de 21 anos, que foi namorado da vítima mais nova.

O caso também foi solucionado pela delegada Anaíde Barros em dez dias e o acusado está preso preventivamente na Penitenciária Central do Estado (PCE). Ele foi indiciado por duplo homicídio doloso por motivo passional.





Fonte: Mídia News

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