Mudas de bananeiras cultivadas in vitro melhoram qualidade das plantas Mudas são produzidas isentas de doenças como a Sigatoka Negra. Trabalho espera comercializar 150 mil mudas na baixada cuiabana.
A produção de mudas de bananeiras in vitro tem promovido melhorias na qualidade da variedade “farta velhaco” ou banana da terra, como é mais conhecida. Elas são concebidas isentas de pragas e doenças como a Sigatoka Negra e Mal do Panamá, e ainda possuem a vantagem de produzir 40% a mais que as plantas convencionais. Essa forma de cultivo eleva a taxa de multiplicação de mudas em um curto espaço de tempo.
O laboratório de cultura de tecido vegetal da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) realiza este trabalho em Várzea Grande e tem o objetivo de fomentar a cultura da bananeira em Mato Grosso. O coordenador do laboratório, Marcilio Bobroff Santaella, explica que este trabalho de pesquisa é inédito no estado e pretende apresentar resultados para o produtor rural no final de 2015.
Santaella destaca que a intenção é comercializar 150 mil mudas de banana para os produtores da Baixada Cuiabana. Os preços podem chegar a R$ 1,80 por muda in vitro. As mudas prontas para o plantio, medindo de 20 a 30 centímetros, saem por R$ 4,00 a unidade.
O processo de micropropagação é minucioso e realizado em fases. A primeira é a escolha da matriz, desinfestação do material, estabelecimento, multiplicação, enraizamento e aclimatização das mudas. As mudas permanecem com controle de luminosidade e temperatura durante sete meses. Após a multiplicação e desenvolvimento da planta no laboratório, as mudas vão para a casa de vegetação e em seguida para o plantio no campo.
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo a Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) com a finalidade de oferecer mudas de bananeira de qualidade. Com a micropropagação, será possível obter mudas de qualidade e a introdução de variedades resistentes.
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