Câmara demite 109 servidores DASs
O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Júlio Pinheiro (PTB), publicou ato nesta sexta-feira (9) demitindo 109 servidores que ocupavam cargos em comissão na Casa de Leis.
A justificativa do presidente do Legislativo é de que os cortes foram necessários por conta da crise que atingiu a Câmara desde a gestão do ex-vereador João Emanuel (PSD).
Estima-se que o social-democrata tenha deixado uma dívida de R$ 8 milhões nas contas do Legislativo. O valor é referente apenas ao ano de 2013.
Durante o ano passado, Júlio Pinheiro apresentou uma série de medidas para tirar a Câmara do sufoco, entre elas diversas demissões e extinção de cargos.
Entretanto, apesar dos esforços, as medidas não foram suficientes. O resultado é que o Legislativo terminou o ano de 2014 com R$ 1,5 milhão de dívida com a Previdência Social.
A prefeitura assumiu o pagamento desses valores. Isso porque o Executivo municipal poderia ficar sem receber recursos advindos da União caso a Câmara de Cuiabá não fizesse o pagamento dos valores.
O pagamento do parcelamento será feito de forma parcelada e a prefeitura deve descontar do duodécimo que é repassado à Câmara Municipal.
Júlio tinha anunciado que partes destes servidores deve ser recontratados no mês de fevereiro.
REAJUSTE – A Câmara Municipal também concedeu um reajuste de 10% nos salários dos servidores da Casa.
Essa também é um das razões pela qual se fez necessário o ajuste nas contas. Já os servidores em cargo de confiança tiveram os salários reajustados e o mínimo para um assessor passou a serem R$ 1 mil e o teto é de R$ 7 mil.
CONTA GORDA – Enquanto ocupou o cargo de prefeito de Cuiabá, Júlio Pinheiro assinou a lei que aumentou a verba de gabinete dos vereadores para R$ 27 mil por mês.
Com a medida, cada vereador de Cuiabá vai custar R$ 61 mil por mês ao erário. No fim do ano, o custo final será de R$ 747 mil, levando em consideração o salário do parlamentar, que é de R$ 15 mil, a verba indenizatória de R$ 17 mil e a nova verba de gabinete.
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