Prisões por embriaguez aumentam 40% nas rodovias federais em MT Motoristas são presos quando o índice de álcool é acima de 0,34 mg/L. PRF pretende dobrar testes do bafômetro em 2015: meta é 95 mil.
O número de pessoas que foram presas por embriaguez ao volante aumentou 40% nas rodovias federais em Mato Grosso, entre 2013 e 2014. Segundo balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), 520 motoristas foram presos por apresentar o índice de álcool no sangue superior a 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido.
Pelas regras da Lei Seca, é ato criminal quando o motorista é flagrado dirigindo com índice de álcool no sangue superior a 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Nesse caso a pena é de detenção de seis meses a três anos, multa no valor de R$ 1.915,40 e suspensão temporária da carteira de motorista ou proibição de obter a habilitação. Se a quantidade de álcool constatada no exame for abaixo de 0,33mg, o condutor é autuado e recebe a multa.
O levantamento da PRF, especificamente sobre 2013, mostra que mais de 26 mil motoristas foram submetidos ao teste do bafômetro, sendo que 772 deles foram autuados e 369 foram presos. Já no ano passado a instituição registrou 47.539 testes (+82%), com 1.393 pessoas autuadas (+80%) e 520 prisões.
A explicação da superintendência em Mato Grosso sobre o aumento desses dados é que os próprios policiais rodoviários são treinados para ‘educar’ os motoristas de que dirigir embriagado é crime. Primeiramente os policiais avaliam se o condutor apresenta sinais externos de embriaguez- olhos vermelhos, odor de álcool e reflexos lentos, por exemplo- e depois fazem o teste.
“Fazemos diversas operações para colocar como cultura do policial: fez a abordagem e fiscalizou é pra fazer o teste. É necessário condicionar o cidadão e as outras pessoas de que não adianta você permanecer com esse comportamento de dirigir embriagado”, disse o superintendente da PRF, Arthur Nogueira, em entrevista ao G1.
A prioridade dos policiais rodoviários é dobrar o número de testes de etilômetro em 2015. “Nossa meta é pelo menos 95 mil testes. Se aumentar o número de testes, logo você aumenta o restante [autuações e prisões]. O próprio cinto [de segurança] ainda não foi impregnado e [o motorista] não percebeu que é a vida dele ali. E sobre dirigir embriagado é uma falta de consciência. Extremamente reprovável”, comentou Nogueira.
Comentários