Dois delegados da Polícia Civil de Mato Grosso atuarão no Gaeco Fato é considerado inédito no Estado; Wylton Massao e Carlos Marchi deverão ser indicados
Dois delegados da Policia Civil passarão a atuar, a partir dessa semana, no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE).
O secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Zaque, deve anunciar a medida nesta terça-feira (13).
Segundo apurou a reportagem, os delegados Wylton Massao Ohara e Carlos Américo Marchi deverão ser anunciados como os escolhidos para a atuação conjunta, o que é um fato inédito em Mato Grosso.
Fontes ouvidas pela reportagem afirmaram que a participação da Polícia Civil na atuação do Gaeco terá o impacto de dinamizar as investigações, além de torná-las mais completas e abrangentes.
"Trata-se de, sem exageros, de um fato histórico, pois é a primeira vez, em Mato Grosso, que haverá essa atuação conjunta. Vários estados já adotam essa prática, que significa um avanço institucional e mostra a maturidade das duas instituições" “Trata-se de, sem exageros, de um fato histórico, pois é a primeira vez, em Mato Grosso, que haverá essa atuação conjunta. Vários estados já adotam essa prática, que significa um avanço institucional e mostra a maturidade das duas instituições”, disse uma fonte.
PEC 37
Segundo uma fonte, a atuação conjunta da Polícia Civil e do Gaeco também remete à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que afirmava que o Ministério Público Estadual não tinha legitimidade para conduzir investigações criminais.
Segundo a PEC, de autoria do deputado federal Lourival Mendes (PTdoB-MA), essa atribuição seria exclusiva das polícias Civil e Federal. O Plenário da Câmara rejeitou a proposta e a PEC 37 foi arquivada.
“O fato deve ser valorizado, sobretudo em função dos embates recentes que foram travados por conta da PEC 37”, disse a fonte.
Atuação do Gaeco
O Gaeco é o braço do Ministério Público Estadual que atua diretamente no combate ao crime organizado.
Nos últimos anos, o grupo investigou vários casos emblemáticos e propôs ações.
Uma das mais recentes remete à Operação Arqueiro, deflagrada pelo Gaeco e que resultou em denúncia contra 33 pessoas por suposto desvio de R$ 8 milhões dos cofres públicos do Estado, por meio de um esquema na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas).
Uma das apontadas como participante do esquema, segundo o MPE, é a ex-primeira-dama do Estado, Roseli Barbosa.
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