Presos são flagrados escavando túnel

Detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada no bairro Pascoal Ramos em Cuiabá, foram flagrados escavando um túnel para tentar fugir da unidade. O flagrante foi registrado na manhã desta segunda-feira (12).

De acordo com a assessoria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), os presos foram encontrados escavando o buraco no raio 1 da PCE.

Conforme a assessoria, a Gerência de Inteligência Prisional, setor responsável pelo levantamento de dados e números do Sistema Penitenciário do Estado, ainda não disponibilizou quantos presos estavam participando da tentativa de fuga. A Gerência também não divulgou outros detalhes sobre o túnel. A assessoria informou que uma investigação foi aberta para apurar o caso.

A PCE é a maior penitenciária do Estado, com uma população carcerária de aproximadamente de 2,1 mil presos divididos em cinco raios. Somente no último ano, quatro fugas ocorreram na unidade. Além de outras três tentativas.

Em março, um grupo de seis detentos conseguiu escapar do local se utilizando de uma corda artesanal.

Um mês depois três presos fugiram pela porta da frente do presídio, depois de um agente penitenciário ter esquecido o portão da ala psiquiátrica aberto e ter se ausentado do local.

A falta dos presos só foi constatada três horas depois. O incidente chegou a ser classificado como “bizarro” por um oficial da PM, uma vez que testemunhas viram um dos reeducandos na BR-364 usando o uniforme da unidade prisional e informaram a polícia. Em julho, outro grupo de presos serrou as grades da unidade e também conseguiu fugir.

Para tentar reforçar a segurança do local, a Sejudh adquiriu filhotes de gansos. Conhecidos como gansos sinaleiros, os animais estão sendo treinados na unidade para reagir a qualquer movimentação diferente do normal e assim ajudar os agentes em possíveis tentativas de fuga.

FUGA EM MASSA – Em 2012, a PCE registrou uma das maiores fugas do sistema penitenciário do Estado, onde 35 detentos conseguiram escapar. Conforme uma investigação da Polícia Civil, o plano de fuga durou aproximadamente oito meses e custou cerca de R$ 500 mil. O apontado como financiador da fuga seria um dos maiores assaltantes de banco do país.

O plano tinha como objetivo libertar membros da quadrilha do “novo cangaço”, detidos na PCE desde de 2010. Na fuga, foram usados por volta de 25 quilos de explosivos, que destruiu uma parte do muro lateral da PCE.