Zaque apresenta reforço no Gaeco
Seguindo a determinação do governador Pedro Taques (PDT), o secretário de Estado de Segurança, Mauro Zaque, apresenta nesta terça-feira (12) os dois delegados que devem compor o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Foram escolhidos os delegados Wylton Massal Orrara e Carlos Américo. O primeiro atuava como secretário de Inteligência da secretaria de Estado de Segurança, antes disso, trabalhou na Delegacia Fazendária (Defaz). O segundo, por sua vez, atuava na 2ª Delegacia de Polícia, mas teve passagem pela Delegacia de Roubos e Furtos.
Além da atuação em casos importantes pela Polícia Civil, Wylton faz parte do seleto grupo de delegados de Mato Grosso com formação em inteligência na Escola Superior de Guerra (ESG), do Rio de Janeiro.
Já Carlos Américo ganhou notoriedade ao investigar um caso de venda de passagens aéreas fraudadas, que eram emitidas em nome de agentes de viagens conhecidos. O crime que parecia ser perfeito, pois quase não deixava rastro intrigou Américo e foi até o fim e conseguiu descobrir e prender o criminoso.
A participação de delegados no Gaeco já foi questionada por diversas vezes. O último caso conhecido é do ex-vereador João Emanuel (PSD), alvo da operação “Aprendiz”, cujo o objetivo era desmantelar um esquema de desvio de recursos públicos na Câmara Municipal de Cuiabá.
A defesa de João Emanuel, feita pelo advogado Eduardo Mahon chegou a questionar na Justiça a legitimidade do Gaeco para conduzir a investigação do caso. Num primeiro momento, conseguiram uma liminar para barrar a operação, entendimento que não foi seguido na instância superior.
O argumento da defesa de João Emanuel era de que a lei nº 119, de 20 de dezembro de 2002 prevê que o Gaeco será composto por representantes do Ministério Público; Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar. Sem os delegados, a defesa acreditava que as operações não eram válidas.
Ainda conforme a legislação do Gaeco, a Polícia Civil estará representada por delegados, agentes policiais e escrivães de polícia, solicitados nominalmente pelo procurador-geral de justiça e designados pelo diretor-geral de polícia civil, ouvido o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública.
Com a participação de delegados no Gaeco, acabam esses argumentos de que o Grupo age na ilegalidade.
ATUAÇÃO – No ano passado, além de dar prosseguimento a operação Aprendiz, o Gaeco ainda lançou a operação Arqueiro que investigou crimes ocorridos na secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) e a operação Camaleão, que investigou um grande esquema de corrupção envolvendo a prefeitura de Várzea Grande
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