Defesa Civil diz que ainda há risco de desmoronamento A obra de contenção é realizada pela empresa PPO Pavimentação, ao custo de R$ 2,8 milhões
Os moradores do bairro Santa Helena e os usuários da Avenida Miguel Sutil devem continuar em alerta para o risco de desmoronamento no Morro do Despraiado, no trecho do viaduto de mesmo nome, na Avenida Miguel Sutil.
A Defesa Civil do Município afirma que, com a ocorrência de fortes chuvas neste período do ano, ainda há risco de deslizamento de terras no local e de acidentes.
O coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, José Pedro Zanetti, disse ao MidiaNews que o início das obras de contenção do Morro do Despraiado diminuíram risco de desabamento na região, porém, com o retorno do período de chuvas fortes na capital, a população deve continuar em alerta.
“O início das obras diminuiu, sim, o risco de desabamento, mas ainda há o perigo de desmoronamento naquela região, agora com a ocorrência de chuvas mais fortes. As obras naquele local foram paralisadas pela resistência de alguns moradores em abandonarem o local”, ressaltou.
Parte da pista que dá acesso à Avenida Miguel Sutil, na lateral do Morro do Despraiado, foi interditada em novembro de 2014, logo após a inauguração do viaduto, devido ao deslizamento de terras no período chuvoso.
A obra de contenção é realizada pela empresa PPO Pavimentação, ao custo de R$ 2,8 milhões.
Na última semana, os blocos de concreto e cones que impedem o acesso à pista foram retirados, liberando o tráfego na área.
A ação, no entanto, não foi autorizada pela Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá, que deverá, ainda nesta semana, recolocar os dispositivos na pista, a fim de reduzir o risco de acidentes na pista interditada.
Desmoronamento
O corte no barranco do Morro do Despraiado para a construção do viaduto foi apontado como o fator responsável para a fragilização da área, o que provocou o desmoronamento.
A obra não estava inclusa no projeto orçado em R$ 18 milhões, apresentado pelo Consórcio Atracon, e ocasionou a despesa extra de mais deR$ 2 milhões aos cofres públicos com a obra de contenção, além das despesas com indenizações de moradores, que devem chegar aos R$ 145 milhões.
Ainda em setembro do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) alertou para a necessidade de construção das obras de contenção no morro.
No mesmo ano, a empresa PPO Pavimentação venceu o certame, com 120 dias de vigências de contrato e prazo inicial de 60 dias para a conclusão da obra.
A medida, no entanto, ainda não foi cumprida sob a alegação da dificuldade da retirada dos moradores no topo do morro.
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