Casa Civil detecta ‘fantasmas’ em folha De acordo com a auditoria na Pasta quinze funcionários recebiam salários, mas não trabalhavam na estrutura do governo estadual

Em uma varredura na folha de funcionários Casa Civil, o titular da pasta, Paulo Taques, conta que foram encontrados mais de 15 funcionários “fantasmas”, que só recebiam salário, sem sequer prestar qualquer serviço ao Estado.

Segundo Paulo Taques, a operação “Pente-fino” é realizada em todas as secretarias de Estado e o número de “servidores” que só recebiam salários e não cumpriam expediente no órgão de origem deve ser divulgado em breve pelo governo.

“Outros secretários já me disseram que também encontraram nas suas pastas, mas ainda não tenho um número final porque eles ainda estão me enviando”, disse.

Paulo Taques conta que o Estado age nestes casos da mesma forma que quando encontra irregularidades em outras questões no governo: encaminha às autoridades competentes. “Ministério Público, Delegacia Fazendária e Tribunal de Contas (TCE-MT), lá eles que vão conduzir isso”, afirma.

No início do mês o governador Pedro Taques (PDT) publicou um decreto na tentativa de identificar funcionalismo-fantasma. O pedetista determinou um mutirão de recadastramento dos servidores estaduais. Algo semelhante já havia sido feito na gestão do governador Silval Barbosa (PMDB).

Entretanto, é possível perceber que algumas pessoas resistiram e continuaram recebendo dinheiro público sem prestar qualquer serviço ao Estado.

Fora isso, Taques também suspendeu a contratação de pessoal e a realização dos concursos que já estavam em andamento. As medidas têm por objetivo auxiliar o governador no que tange à organização da máquina estadual, bem como identificar qualquer ato ilícito que possa estar ocorrendo.

Fora isso, ressaltou a obrigatoriedade de ficha-limpa para os ocupantes de cargos públicos, em especial os componentes de primeiro e segundo escalões.

NOVA FORMATAÇÃO – A Casa Civil ganhou nova formatação no governo do pedetista. A pasta ganhou cargos que ressalta a função de articulação política do Estado.

Paulo Taques lembra que a Casa Civil precisa levar o governador e o governo a todos os poderes. “Por isso, já temos lá uma equipe boa fazendo um trabalho político e eu passo o meu dia e noite fazendo atendimento”, diz.

Segundo ele, a ordem do governador é de que todos que recorram à Casa Civil sejam prontamente atendidos. “Dificilmente uma pessoa sai de lá sem ser atendida, seja quem for”, conta.

BAGUNÇA – Paulo Taques diz que é exagero dizer que Taques encontrou um governo totalmente bagunçado. Segundo ele, a maior desorganização foi encontrada por Paulo Brustolin na Secretaria de Fazenda (Sefaz), mais especificamente nas contas do Estado.

“Nós encontramos um excesso de servidores comissionados e servidores que não trabalhavam, só recebiam salários. Por isso, vamos começar essa reforma política e administrativa do governo”, diz.