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Nacional
Quarta - 14 de Janeiro de 2015 às 10:20

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Agência Brasil

Candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) classificou nesta terça-feira (13) como “alopragem” a denúncia de ter recebido dinheiro de propina do doleiro Alberto Youssef dentro do esquema apurado na Operação Lava Jato. Para o peemedebista, o vazamento da relação dele com Youssef visava favorecer outras candidaturas à Mesa Diretora.

Na semana passada, os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo publicaram que Cunha teria recebido repasses de Youssef por intermédio do lobista Fernando Antonio Soares, o Fernando Baiano, e do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca. Ontem (12), Antônio Figueiredo Basto, advogado de Youssef, afirmou que o doleiro nega que o peemdebista tivesse se beneficiado com o esquema.

Cunha acredita que a denúncia foi “desmoralizada por si mesmo” quando o endereço informado como a suposta casa do peemedebista estava incorreto. Depois, pelo fato do advogado de Youssef desmentir que ele e o senador eleito Antonio Anastasia (PSDB-MG) estejam na lista de políticos que devem ser investigados na Lava Jato.

“Então eu diria que isso é uma alopragem. E essa alopragem foi desmoralizada, tentaram criar um constrangimento na minha candidatura através de denúncias falsas, vazias, com o intuito de beneficiar outras candidaturas. Certamente foi um tiro na água, de festim”, afirmou Cunha, que questionado sobre quem seria o responsável pela "alopragem", não quis responder.

No entanto, ao usar o termo “alopragem”, Cunha indiretamente remete ao caso dos aloprados, em 2006. Na época, integrantes do PT foram presos pela Polícia Federal acusados de tentar comprar um dossiê contra o então governador de São Paulo José Serra, pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB. O presidente Lula, para diminuir a importância do episódio e tirar o foco do PT, afirmou que a negociação tinha sido conduzida por “um bando de aloprados”.

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Na visão do peemedebista, o resultado será o inverso do desejado por seus adversários. Ele aposta que ganhou mais votos para a eleição da Câmara após a publicação das matérias pelo Estadão e pela Folha. “(O efeito é) positivo, porque a revolta daqueles que assistiram tudo isso…Eu só encontro solidariedade e revolta. Eu acho que ganhei muitos votos daqueles que estavam indecisos. Tenho certeza que outras candidaturas perderam votos”, afirmou.

A eleição para a presidência da Câmara e para os outros cargos da Mesa Diretora está marcada para 1º de fevereiro, logo depois da posse da nova legislatura. Além de Cunha, disputam o principal assento da Casa o atual vice-presidente, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o líder do PSB, Júlio Delgado (MG).  





Fonte: Terra

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