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Polícia Brasil
Quinta - 15 de Janeiro de 2015 às 09:41

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Márcio e Delvira participaram da perseguição que terminou com a morte de Haíssa
Márcio e Delvira participaram da perseguição que terminou com a morte de Haíssa

Os policiais militares Marcio José Watterlor Alves e Delviro Anderson Moreira Ferreira, denunciados pela morte da jovem Haíssa Vargas Motta, em agosto de 2014, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), vão ser presos nesta quinta-feira (15), segundo a Polícia Militar.

Ainda segundo a PM, os policiais se apresentaram ao 41º BPM (Irajá) e vão ser submetidos a exames médicos. Posteriormente vão ser encaminhados a Unidade Prisional.

A Justiça do Rio aceitou na quarta (14) a denúncia do MPRJ e decretou a prisão dos policiais militares. Eles são acusados pelo crime de homicídio duplamente qualificado – motivo fútil e recurso que dificulta ou impossibilita a defesa da vítima.

Os mandados de prisão foram expedidos pelos juiz Glauber Bittencourt. Os PMs devem ser presos ainda nesta quarta. O principal argumento para a prisão é preservar a segurança de testemunhas do processo, segundo a Justiça.

Haíssa foi morta durante uma abordagem policial em Nilópolis, na Baixada Fluminense, quando voltava de uma festa com amigos. Um vídeo divulgado neste sábado (10) pela revista "Veja" mostrou a ação que terminou com o homicídio.

Haissa Motta foi morta por policiais em Nilópolis (Foto: Reprodução/TV Globo)Haissa Motta foi morta em outubro
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Na gravação, os dois policiais em uma viatura mandaram um carro onde estavam um rapaz e três amigas parar. O veículo não parou e o PM Márcio José Watterlor posicionou o fuzil para fora do carro e efetuou cerca de 10 tiros na direção do veículo. A jovem foi atingida nas costas.

Quando o veículo para, os policiais descem e uma das jovens implora: “Ajuda ela aqui. Pelo amor de Deus. Ajuda ela aqui, moço”, suplica uma delas. As amigas, que não foram feridas, entram no carro dos policiais e seguem o carro onde está a jovem ferida até o hospital, onde Haíssa morreu.

No caminho, os policiais conversam com as amigas e um deles questiona o motivo de o grupo não ter parado. “Não, não justifica, tá. Não justifica ter dado o tiro, tá bom?”, alega o PM. Ao ligar o rádio para comunicar o que ocorreu, um dos policiais diz: “Não sei nem o que eu falo aí”.

Ao relatar o que ocorreu, o policial ainda admite: “Dá um auxílio aqui também que a gente tá meio barata voa”. O relógio da câmera da viatura policial mostra que eram quase 6h do dia 2 de agosto do ano passado.





Fonte: Do G1 Rio

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