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Sexta - 16 de Janeiro de 2015 às 05:29

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Sergio Barzaghi / Gazeta Press

Breno aparentava nervosismo na primeira entrevista coletiva que concedeu após voltar a ser um jogador profissional de futebol. Com a voz trêmula e os dedos irrequietos sobre a mesa à sua frente, o novo zagueiro do São Paulo sabia que precisaria responder sobre o incêndio que o levou à prisão na Alemanha. E não fugiu do assunto.

Segundo Breno, o fato de ter deixado o Brasil com apenas 17 anos prejudicou a sua adaptação à Europa. “Saí do São Paulo muito jovem e encontrei outra cultura, um idioma muito difícil. Cheguei achando que jogaria no Bayern de Munique, mas só entrei em algumas partidas. Aí, fui emprestado para o Nurnberg e até tive uma sequência boa, mas sofri uma lesão e tive que operar o joelho. Depois de dez meses de tratamento, passei por outra cirurgia”, recordou, já sem hesitar.

Não foi apenas o joelho de Breno que adoeceu. A cabeça também. “Tudo aquilo foi me deixando triste, parecia uma bola de neve. Até que, no dia do acidente, recebi a notícia de que operaria de novo. Bebi, fiquei inconsciente e aconteceu o acidente (incendiou a própria casa onde vivia na Alemanha). Falaram até que o motivo foi um problema com a minha esposa, mas, ao contrário, ela sempre me apoiou e esteve do meu lado com os meus filhos”, garantiu.

Apesar de fazer questão de corrigir a fofoca sobre a sua família, o zagueiro não se incomoda mais com o que os outros falam. Nesta quinta-feira, por exemplo, ele até achou graça quando ouviu de um jornalista que deveria manter distância de palitos de fósforo.

“As chacotas não vão me entristecer. Podem brincar e fazer o que quiserem porque isso não vai me deixar triste nem com raiva de nada”, avisou Breno, que ainda não tem sofrido com as gozações. “Quando saio de casa e estou indo a algum lugar, as pessoas são carinhosas comigo. Ninguém está me maltratando. Só tenho escutado coisas boas. Estou feliz com isso.”

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Breno conta com esse suporte emocional também para readquirir condicionamento físico. Com contrato com o São Paulo até 7 de outubro de 2015, ele trabalha intensamente no CT da Barra Funda para recuperar a forma perdida nos tempos em que cumpria pena. Já sofreu um estiramento muscular na coxa esquerda, porém confia que estará à disposição do técnico Muricy Ramalho até o início do Campeonato Brasileiro.

“Por mim, já estava em campo hoje. O meu acidente aconteceu, errei e paguei por isso. A partir de agora, só quero viver coisas boas”, sorriu o reforço do São Paulo para o segundo semestre deste ano.





Fonte: Gazeta Esportiva

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